Mobilizações apoiam acordo entre Farc e governo colombiano

Habitantes do departamento de Putumayo, na fronteira com Equador, realizarão concentrações em prol de uma solução política ao conflito colombiano entre os dias 8 e 11 de dezembro.

Bandeira da Colômbia - Efe

"As organizações sociais acompanham a saída negociada à guerra interna e apelam tanto ao Governo como às insurgentes Farc para que avancem na busca de um acordo que ponha termino à conflagração, única no continente", enfatizaram os osganizadores das mobilizações.

Desde 2012, representantes governamentais e das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (Farc) dialogam para atingir um tratado pacifista depois de mais de meio século de confrontos armados.

"Estamos muito próximos de fazer realidade a paz com justiça social em uma região que tem sofrido todos as transformações da contenda, além de agressões por políticas públicas como as pulverizações aéreas e erradicações forçadas de cultivos de usos ilícitos, a locomotora mineiro-energética e a militarização do território", sublinharam.

Os ativistas instaram o Governo a construir de maneira conjunta com as comunidades uma estratégia de substituição da economia chocalheira que reconheça, ademais, a dívida histórica com o departamento em matéria de investimento social, informou a agência Imprensa Rural.

"Unamos nossas vozes porque sem justiça social não há paz", disseram os manifestantes.

Como resultado dos ciclos de diálogos com sede em Cuba, ambas as partes beligerantes conseguiram consensos nos temas de reforma rural integral, combate às drogas ilícitas e participação política centrada no aprofundamento da democracia.

Assinaram um pacto para desminar progressivamente o território nacional e um protocolo destinado à busca de pessoas desaparecidas no contexto do conflito.

Resta estabelecer os termos do cessar-fogo bilateral, a renúncia de armas, desmobilização e reintegração à sociedade dos agora combatentes, bem como fechar a controversa questão sobre as vítimas, que inclui mecanismos de justiça transicional, reparo e garantias de não repetição.

O início de conversas formais com o Exército de Libertação (ELN) é outro dos passos pendentes rumo a uma paz completa e duradoura.