Rock e samba se cruzam no Anhangabaú contra o golpe

Sambistas e roqueiros estão lado a lado no vale do Anhangabaú, em São Paulo, neste domingo (17) em defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.  A esquina do vale com a avenida São João reuniu integrantes do movimento Batucada da Resistência, criado por sambistas de rodas de samba de São Paulo, e cem metros depois o grupo Picanha de Chernobill.

Por Railídia Carvalho


batucada da resistencia

Música diversa, ideologia semelhante. Em um breve intervalo entre uma canção e outra o guitarrista e gaitista da banda de rock afirmou que “não tenha golpe, que Dilma fique, que se tenha cada vez mais inclusão e cultura”. A banda exibe na bateria uma bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e cartazes denunciando a manipulação da rede globo de televisão.

No lado da batucada da resistência, o momento atual viu nascer o samba “a minha liberdade custou sangue”, composto em defesa da democracia por integrantes da batucada entre eles o sambista Douglas Germano. O samba diz “E agora um novo bafio da fera, com ódio e raiva vem à vera, tomar de assalto a nação”. E completa que “a altivez dessa massa é chama que arde. Tem tanto amor , tanta raça. Assusta covarde”.
A batucada promete continuar fazendo o samba da vigília enquanto estiver acontecendo a votação no plenário da câmara dos deputados que define, neste domingo, se aprova ou não o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.