Lindbergh: Querem dar um golpe para paralisar as investigações
Nesta sexta-feira (5), durante a sessão da comissão do impeachment do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou questão de ordem que pede a nulidade do processo de afastamento contra a presidenta Dilma Rousseff por vício provocado pelo desvio de conduta cometido por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que na condição de presidente da Câmara dos Deputados aceitou o pedido de impeachment.
Publicado 06/05/2016 14:15

Lindbergh enfatizou que o golpe na Câmara foi dados “por um líder de quadrilha, como bem definiu o Supremo ao falar do desvio de finalidade”.
Segundo ele, o desvio foi receber o pedido de impeachment no dia que a bancada do PT decidiu votar pela cassação dele no Conselho de Ética. “O Supremo disse isso, que ele usou o seu cargo para se proteger de investigações. Foi a partir daquele momento, que ele recebeu o impeachment que ele conseguiu formar uma nova maioria. Fez aliança com PSDB com o DEM, está conseguindo se livrar do conselho de ética”, argumentou.
O senador disse ainda Eduardo Cunha “está influindo” na nomeação dos futuros ministros de um eventual governo do vice-presidente Michel Temer. "Ele quer indicar para o ministério da Justiça Alexandre de Moraes [atual secretário de Segurança do governo Geraldo Alckmin], que foi advogado do Cunha lá atrás. Ele quer paralisar as investigações, o Brasil tem que acordar!", defendeu Lindbergh.
O senador disse também que Temer quer implementar em seu governo um programa que não foi referendado nas urnas, em referência ao Ponte para o Futuro. O programa também recebeu duras críticas da presidente Dilma Rousseff em evento nesta sexta no Palácio do Planalto
“Eles querem implementar esse programa. E eles sabem que nenhum presidente seria eleito com programa como esse. E, por isso, querem dar um golpe contra uma presidenta honesta e honrada”, salientou.