Publicado 14/08/2016 14:25

Sei que linguagem é poder, mas simples briga por esse poder beira a estupidez. Acho…
O Vocabulário oficial da Língua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras, já traz o verbete "presidenta"; grafá-lo ou não, portanto, torna-se questão de preferência.
O mesmo VOLP rejeita a palavra "mussarela" (unanimidade nacional em termos de grafia, vide cardápio de restaurante); motivo pelo qual a palavra "oficialmente" correta (“muçarela”) tornou-se "pegadinha" de vestibular ou concurso público.
Não cito outras pegadinhas porque não é esse o meu foco.
Quero apresentar, para quem não conhece, o conceito de "dicionário de freqüência", que investiga com metodologia científica as palavras mais usadas em obras de referência da literatura, a começar por Os Lusíadas (passa pelo Auto da Compadecida, samba-enredo, chega a Machado de Assis, só falta o favelês paulista, creio, porque o estudo é de 1994).
O verbo que mais aparece é "ser" e os três adjetivos mais usados, na ordem de maior incidência, são: bom, melhor, grande. O último colocado é "pobre".
Se nos detivermos no verbo mais usado – e efetivamente "formos" – talvez possamos dispensar os adjetivos, ouvidos exaustivamente desde a infância.
Eles configuram, na minha opinião, os "principais" (para usar adjetivo diferente) instigadores de competição.
Vejam o estudo citado aqui.