Sindsaúde: Manifestações cobram direitos de servidores da saúde

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Ceará (Sindsaúde) realizará dois atos nesta semana, contra a Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Estado, para cobrar direitos ameaçados pelas gestões. Na quinta-feira (23), às 7h, o ato unificado será em frente ao IJF, enquanto na sexta-feira (24), a manifestação acontece no Palácio da Abolição, a partir das 9h.

Sindsaúde: Manifestações cobram direitos de servidores da saúde

Depois de várias tentativas de negociação sem avanços e muitos retrocessos anunciados pelos gestores do município de Fortaleza, o Sindsaúde junto ao Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Saúde de Fortaleza (Sintsaf) e Sindicato dos Enfermeiros do Ceará (Senece) decidiram unir forças em defesa dos servidores municipais da saúde e vão realizar um ato unificado na próxima quinta-feira (23). Além de cobrar o reajuste da categoria, os servidores vão denunciar à sociedade as propostas da Prefeitura que suspende o direito à licença prêmio dos servidores por três anos e corta o auxílio alimentação de servidores que ganham mais de R$ 6.000,00.

O Sindsaúde critica ainda o desrespeito ao servidor público da saúde. Nos Frotinhas e nos postos de saúde, falta material para atender a população e os profissionais estão sobrecarregados. Apesar de promessa feita durante campanha em 2016, o prefeito não convocou os concursados do cadastro de reserva, que já poderiam estar atendendo à população.

Apoiam a iniciativa a Frente das Entidades Representativas dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (FERSEP-FOR) e as centrais sindicais CTB-Ceará, Central CSP-Conlutas e CUT-Ceará.

Já na sexta-feira (24), os servidores públicos dos hospitais do Estado vão parar. Na pauta de reivindicação, a cobrança do auxílio alimentação cortado em fevereiro. Os trabalhadores participarão do protesto em frente ao Palácio da Abolição, a partir das 9h da manhã.

Segundo o Sindaúde, o servidor público da saúde do Estado vem sofrendo recorrentes ataques aos seus direitos. Depois de dois anos sem reajuste, o governo garantiu junto aos deputados estaduais a aprovação de 2% de aumento, o que equivale a um almoço no mês dentro do salário do profissional da saúde do nível médio. O governo também cortou o auxílio alimentação desses trabalhadores no mês de fevereiro. “Deu o valor de um almoço e tirou o valor do almoço de um mês inteiro”, condena.

Além disso, denuncia o sindicato, no ano passado os servidores fizeram greve para cobrar o retorno das gratificações. Eram quatro, retornaram duas e a GED (Gratificação Especial por Desempenho) e o Adicional Noturno deveriam retornar este ano, mas o Governo disse que só negocia a partir de abril. Sobre o auxílio alimentação, suspenso desde fevereiro, o Sindsaúde, junto aos trabalhadores, vem fazendo uma grande peregrinação cobrando medidas do Governo do Estado para retornar o benefício. “Os gestores só empurram com a barriga. Do Palácio do Governo para a Secretaria da Saúde, desta para a Secretaria do Planejamento e por aí vai, sem resolver a questão”, criticam os sindicalistas.

Serviço

Manifestações do Sindaúde contra Prefeitura de Fortaleza e Governo do Estado

Quinta-feira (23), a partir das 7h, em frente ao IJF
Sexta-feira 924), a partir das 9h, em frente ao Palácio da Abolição