SIONazISTAS

Nazistas e sionistas acreditam no mesmo Deus, creditam-se povos eleitos, diletos, desse Deus e, em Seu nome, pregam o amor e fazem a guerra. Ambos usam o estado para fazer valer seus interesses e crenças, ambos demonizam os adversários e os incréus e cont

Os nazistas hitleristas se arvoravam defensores do cristianismo contra a expansão materialista-comunista e em sua ofensiva contra os soviéticos contaram inclusive com o apoio expresso do papa, que chegou a abençoar tropas que rumavam para a Rússia. Considerando os arianos o povo perfeito, os nazistas atacaram também os judeus, acusando-os de terem matado Cristo, 1.900 anos antes! Atropelaram as leis nacionais e internacionais para cometer suas atrocidades. Tal atitude tinha o respaldo da carta do apóstolo Paulo, um dos fundadores do cristianismo, aos Gálatas: “Mas, se forem conduzidos pelo Espírito, vocês não estarão mais submetidos à Lei”. (Gálatas 5:18)
Aproveitando-se da comoção causada pela matança indiscriminada de judeus, os sionistas galvanizaram apoio público para estabelecer, no Oriente Médio, o estado de Israel, em 1948. Também os judeus reivindicam um direito milenar: uma faixa de terras que lhes teria sido prometida, há cerca de 5 mil anos, por ninguém menos do que Deus, o Todo Poderoso!
Não deixa de ser curioso que o estado judeu tenha adotado o nome de Israel. Segundo o Gênesis, Javé (um dos nomes do deus bíblico) disse a Abrão: “Saia de sua terra, do meio de seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Eu farei de você um grande povo, e o abençoarei; tornarei famoso o seu nome, de modo que se torne uma bênção. Abençoarei os que abençoarem você e amaldiçoarei aqueles que o amaldiçoarem. Em você, todas as famílias da terra serão abençoadas”.  Abrão, que depois teria seu nome mudado para Abraão, saiu com sua mulher Sarai (depois, Sara) e foi para Canaã, onde se instalou. A região era habitada pelos cananeus, mas Deus disse ao seu eleito: “Eu darei esta terra à sua descendência”. Anos depois, Abraão e Sara tiveram um filho, Isaac, que se casou com Rebeca e tiveram os gêmeos Esaú e Jacó – que já brigavam no ventre da mãe!
Quando adulto, Jacó, o preferido de Rebeca, engana o pai, ganha o direito de primogenitura, que assegurava ao filho mais velho a autoridade patriarcal sobre os outros irmãos e a parte maior na herança. Mais tarde, casado, Jacó passará seu sogro para trás na criação conjunta que tinham de ovelhas e terá uma luta noturna com um outro homem que, depois, diz ter sido Deus. A luta termina empatada e o seu contendor o batizará de Israel. Já com seu novo nome, Jacó vai a Betel onde realiza seu primeiro massacre: mente aos moradores locais dizendo que, se eles abandonarm seus deuses e adotarem Javé, serão integrados ao seu povo. Os betelenses fazem isso, mas depois são massacrados. Adiante, pretextando que uma filha de Israel havia sido desonrada, seus dois outros filhos, Simeão e Levi, atacarão uma cidade. “Os filhos de Jacó atacaram os feridos e pilharam a cidade, porque haviam desonrado sua irmã. E deles pegaram as ovelhas, bois e jumentos, tudo o que havia na cidade e no campo. Roubaram-lhes todos os bens, todas as crianças, e pilharam o que havia nas casas” reitera o texto bíblico.
Uma tradição milenar, portanto, essa de destruir, pilhar, assassinar homens, mulheres e crianças que não são “filhos de Israel”.
Vivemos anos de reação, em especial após o fim da experiência socialista na Europa. Nos tempos hodiernos, com a sustentação política e financeira norte-americana, os sionistas gozam da impunidade para seus crimes no Oriente Médio. Como escreveu Lênin nos anos 1920, nos períodos reacionários ocorrem “desânimo, desmoralização, cisões, dispersão, deserções, pornografia em vez de política. Fortalecimento da tendência para o idealismo filosófico, misticismo como disfarce de um espírito contra-revolucionário”.
Mantêm atualidade as palavras endereçadas por Karl Marx a Arnold Ruge, em 1842: “religião não tem nenhum conteúdo seu próprio e vive não do céu e sim da terra”. São interesses terrenos, e bem terrenos, esses que animam o massacre de árabes e palestinos pelo estado de Israel.

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