Monteiro Lobato

Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, São Paulo, há 125 anos atrás, em 1882, e faleceu em 1948. São Paulo e todo o Brasil comemoram este mês o seu nascimento. Através de traços regionalistas, mostrou toda a sua indignação com as desigualdades sociais, a soci

Ardoroso defensor da ciência como instrumento da modernização e do progresso nacional, foi um nacionalista que sempre acreditou no Brasil, em suas potencialidades. Sua vasta produção inclui a literatura infanto-juvenil, onde procura inspirar as futuras gerações no amor pelo país, sua cultura, identidades e o meio ambiente.


 


 
Em “O Poço do Visconde”, uma mistura de ficção e realidade, o tema é a defesa das reservas do petróleo brasileiro. Mas foi na literatura para crianças e adolescentes que Monteiro Lobato atinge o seu ponto mais elevado, incutindo em várias gerações, inclusive as atuais, a fantasia e a realidade, os mitos e as verdades, o inconsciente e o consciente da identidade nacional.


 



Encantou e inspira as gerações que se sucedem através do incrível “Sítio do Pica-pau amarelo”. O livro, que virou uma série de televisão com grande audiência, é magia pura, sem, no entanto, deixar de ser uma generalizada representação dos sentidos e das inúmeras faces do Brasil.


 



O Sítio do Pica-pau amarelo deveria ser a nossa Disneylândia, com a diferença de que nele, aflora através do realismo, além da sublimação, do encanto, o pensar o país, a transmissão de valores sociais e morais elevados, a generosidade e o espírito coletivo, e a individualidade dos personagens.


 



Trata-se de um clássico que deveria ser reconhecido em todo o mundo, com os seus diversos personagens, como o Saci Pererê, a boneca Emília que representa o mundo dos adultos em um fantasiado mundo juvenil. A tia Benta, de todos nós, o sabugo de milho que se transmuta no Visconde de Sabugosa.


 



O Sítio do Pica-pau amarelo deveria ser leitura consciente nas escolas pelo que nos arrebata, em lugar dos desenhos animados enlatados que nada nos indicam, salvo a apologia da violência gratuita, do individualismo inóspito.


 


 
A obra de Monteiro Lobato é vasta, tanto na literatura de ação, da polêmica, quanto no descortinar do infinito universo de probabilidades aos jovens.

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