Lula: “Vivemos um novo ciclo de desenvolvimento!”

Na última reunião do Conselho Político do Governo, realizado em Brasília nesta terça-feira (2/08), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afiançou que estamos vivendo um novo ciclo de desenvolvimento no país, afirmando que o Brasil encontrou o seu caminho

O ministro Mantega apontou os instrumentos que serão utilizados para construir este modelo de desenvolvimento que está em implantação: a política econômica, os programas sociais e o programa de investimentos constante do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC.  O crescimento sustentável, segundo o ministro, se vislumbra a partir de uma baixa vulnerabilidade externa, com um superávit comercial de US$ 46 bilhões em 2006, e em transações correntes. As reservas internacionais se situam em US$ 156 bilhões. A estabilidade monetária está baseada numa inflação baixa e estável: em 2006 o índice foi de 3,14% e em 2007 de 3,7%. Mantega sustentou que houve o que chama de dissipação da cultura inflacionária. Em termos de responsabilidade fiscal, disse o ministro que estamos no rumo ao déficit nominal zero. A dívida líquida é de 44,9% do PIB ao final de 2006, em direção ao índice de 36% do PIB em 2007. O resultado primário do setor público consolidado é de 4,3% do PIB (acumulado 12 meses).


 


 


O ministro da Fazenda apresentou os números do superávit comercial, o superávit em conta corrente e o aumento na entrada de capitais externos. Houve, disse ele a uma platéia composta pelos presidentes dos Partidos da base aliada, uma elevação significativa da solvência externa, a redução do risco-país, atingindo o superávit primário do setor público em torno de 4,3% do PIB previsto para o final de 2007, uma queda importante na dívida líquida do setor público que foi de 44,9% em 2006 e se projeta para 36,0% do PIB em 2010. Entre os fatores determinantes do crescimento o ministro alinhou a redução das taxas de juros, uma verdadeira revolução no crédito, a expansão do emprego e da renda, o aumento do consumo e da produção, além da elevação do nível dos investimentos. O volume de crédito bancário cresceu de 383,1 bilhões de reais em dezembro de 2002 para 799,2 bilhões em junho de 2007.


 


 


Na esfera do emprego formal, Guido Mantega apontou o recorde do número de empregos com carteira de trabalho no 1º. semestre de 2007, em torno de 1 milhão e 96 mil. Houve, também, um crescimento contínuo em 14 trimestres do nível de consumo das famílias segundo o IBGE. O patamar de investimentos também registrou uma variação positiva por 13 trimestres consecutivos. Por fim, o ministro fez uma previsão do crescimento do PIB para este ano de 2007 em torno de 4,7%, e de 5% em 2008, 2009 e 2010. Como principais desafios do PAC o ministro destacou o de elevar o volume de investimentos e expandir o potencial de crescimento do Brasil, com prioridade para a infra-estrutura, o estímulo ao crédito e ao financiamento,a melhora do ambiente do investimento, a desoneração e aperfeiçoamento do sistema tributário e medidas fiscais de longo prazo. Para que tudo isso seja possível, Mantega defendeu reformas institucionais, como a tributária, a da lei geral das micro e pequenas empresas e o fortalecimento dos mercados de crédito, seguros e de capitais.

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