A Crise em Alagoas

Em determinado momento, a instabilidade apresenta-se no âmbito do executivo, em outras, no legislativo, etc. Um quadro de contradições que exige a superação das formas que determinam as razões de mando.

A transição para uma nova ordem republicana, implica na tomada de consciência da necessidade, por parte das forças vivas de Alagoas, daquilo que podemos chamar de Razões de Estado. O que significa considerar a nossa sobrevivência federativa, acima dos objetivos partidários e corporativos.

Os episódios que envolvem o legislativo implicam em elementos de extrema gravidade. Há um inegável desmoronamento de um dos pilares que sustentam o processo democrático.

A apuração das acusações que envolvem os parlamentares, encontra-se sob a responsabilidade das autoridades federais, regionais, e a vigilância da opinião pública. 

Que as julgarão com a devida isenção determinada pela Constituição e pelo dever de consciência, preservando assim, a rigorosa aplicação da lei e o Estado de Direito democrático.

Evitando-se, dessa maneira, que venham a ser utilizadas por campos rivais interessados na pura e simples alternância dos espaços, sem que se configure a modificação das estruturas ultrapassadas que determinam a atual concentração dos espaços político e econômico.

Os graves episódios envolvendo a Assembléia Legislativa, são em última instância, uma repetição de vários fenômenos ao longo da nossa História contemporânea, que adquirem aspectos trágicos, seguramente variados, conforme a época em que se dão.
Não é mais possível a convivência com relações superadas que fazem o Estado de Alagoas indefinidamente enfermo. Permanecendo há décadas em um torpor institucional, econômico, socialmente anacrônico.

Impedindo que uma comunidade rica em valores humanos, possa alcançar   patamares mais elevados, que todos nós almejamos, submetendo-a a  condição de anormalidade crônica, e  sistemática execração nacional.