Corregedoria do MP investigará propina a procurador da Lava Jato
A corregedoria do Ministério Público vai abrir procedimento para investigar suposto pagamento de propina feito pelo doleiro Dario Messer ao procurador Januário Paludo, da Lava Jato no Paraná. A informação foi confirmada pela PGR (Procuradoria Geral da República) neste sábado (30). Em mensagens trocadas com a namorada em agosto de 2018, Messer – considerado o “doleiro dos doleiros” – cita o integrante do MP como um dos destinatários do suborno pago pelo criminoso em troca de proteção.
Publicado 01/12/2019 10:18

Uma reportagem do UOL descreveu, também no sábado, relatório da Polícia Federal referente à operação Pátron, última fase da Lava-Jato no Rio de Janeiro. Messer diz a Myra Athayde nos diálogos interceptados pela PF que uma testemunha de acusação se encontraria com o procurador.
“Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo o mês.” Os “meninos” seriam Claudio Barbosa e Vinicius Claret, que teriam trabalhado com Messer em operações de lavagem de dinheiro.
Barbosa e Claret disseram em depoimentos ter pago US$ 50 mil por mês ao advogado Antonio Figueiredo Bastos em troca de proteção na Polícia Federal e no Ministério Público. Bastos, que nega qualquer repasse de propina a autoridades, teria advogado para Messer, segundo a reportagem do Uol.
A PF classificou as trocas de mensagens como “graves”, em relatório produzido em outubro. Antes, depois das delações de Barbosa e Claret, a força-tarefa da Lava-Jato abriu uma investigação específica sobre o caso. Messer, ao ser chamado para depor, permaneceu em silêncio.