Valeixo desmente Bolsonaro e diz que não pediu para deixar cargo na PF

Segundo o ex-chefe do órgão, o presidente queria um diretor-geral com quem tivesse mais afinidade

Em aproximadamente seis horas de depoimento, o ex-chefe da Polícia Federal (PF) Maurício Valeixo disse nesta segunda-feira (11) que não pediu para deixar o comando do órgão conforme publicado no Diário Oficial da União no ato da sua exoneração.

Assinado pelo presidente Bolsonaro e pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que negou ter subscrito, o documento traz que o ato de exoneração foi feito a pedido.

O ex-chefe da PF ainda afirmou que Bolsonaro lhe disse que não tinha nada ‘contra a sua pessoa’, mas queria um diretor-geral com quem tivesse mais ‘afinidade’.

Esse foi o primeiro depoimento do inquérito que apura a suposta interferência política de Bolsonaro na PF.

Sergio Moro se demitiu da pasta da Justiça acusando o presidente de tentar trocar o comando da PF para controlar o órgão.

No lugar de Valeixo, Bolsonaro chegou a nomear Alexandre Ramagem, amigo dos seus filhos e atual chefe da Abin, mas teve a nomeação barrada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

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