Representantes de China e Estados Unidos se reúnem para debater ‘tarifaço’
Negociação sobre tarifas será na Suíça. Porta-voz chinês diz que instrumentos de pressão ou coerção não irão funcionar contra a China
Publicado 07/05/2025 13:54 | Editado 08/05/2025 12:15

O aumento das tarifas comerciais pelos Estados Unidos, chamado de ‘tarifaço’, seguido de uma política de reciprocidade chinesa deverão ser discutidos no próximo final de semana no primeiro encontro entre os representantes dos países depois que Donald Trump abriu uma verdadeira guerra comercial com diversos países.
A Casa Branca e o Ministério do Comércio da China confirmaram o encontro que deverá acontecer em Genebra, na Suíça. Pelo lado dos EUA deverão estar presentes secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer. Por sua vez, representa a China o vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado, He Lifeng,
Este início de negociação visa acalmar os ânimos rumo a uma negociação que evite a escalada de tarifas em prejuízo para os países, com consequências para todo o planeta.
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Bessent emitiu comunicado em que diz esperar reequilibrar o sistema econômico mundial de uma forma que atenda os interesses de seu país. Para a Fox News, afirmou que a disputa de taxas entre EUA e China é insustentável e equivale a um embargo. Enquanto os EUA elevaram para 145% as tarifas para importações de produtos chineses, o país asiático aumentou para 125% as taxas sobre produtos dos EUA.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, expôs que a negociação acontece a pedido dos EUA e disse que instrumentos de pressão ou coerção não irão funcionar contra a China, portanto o diálogo deverá ser baseado na “equidade, respeito e benefício mútuo”.
Segundo a diretora-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Ngozi Okonjo-Iweala, a guerra comercial entre os países pode diminuir em 80% o comércio entre eles e afetar o PIB mundial, que pode ter uma retração de até 7%, o que prejudica a economia global como um todo.
*Com informações Xinhua News e AFP