Acordo entre bancos do Brasil e da China gera US$ 1 bi para financiar empresas
Parceria entre instituições beneficiará empresas brasileiras e chinesas com atuação no Brasil e prevê linha de crédito com prazo de até 5 anos
Publicado 15/05/2025 17:44 | Editado 15/05/2025 17:52

A viagem feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China rendeu, entre outros importantes frutos, a assinatura de um termo de compromisso entre o Banco do Brasil e o Banco de Desenvolvimento da China (CBD, na sigla em inglês), no valor de US$ 1 bilhão, para ampliar financiamentos a empresas brasileiras e chinesas.
O objetivo do convênio é aumentar a cooperação financeira entre as instituições e contribuir para o desenvolvimento econômico bilateral, fortalecendo os laços econômicos entre as nações.
O acordo beneficiará tanto as empresas brasileiras quanto as chinesas com atuação no Brasil e prevê uma linha de crédito, com prazo de até cinco anos, que permitirá ao Banco do Brasil expandir as operações de financiamento nas áreas de infraestrutura, agronegócio, exportação e importação.
“Construímos uma relação de 21 anos que demonstra que conhecemos as necessidades dos investidores chineses, de um lado, e de outro conhecemos como ninguém as potencialidades de negócios em todo o Brasil”, afirmou Tarciana Medeiros, presidenta do BB, em Pequim.
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O período mencionado faz referência à inauguração do escritório de representação do banco na China em 2004, dez anos antes da inauguração da primeira agência em Xangai, resultado do intercâmbio entre as duas instituições bancárias, iniciado em 2013. Nove anos depois, em 2022, foi firmado o primeiro contrato entre ambas.
O Banco de Desenvolvimento da China, criado em 1994, é voltado ao fomento estatal, tendo como foco principal o apoio a indústrias-chave e a setores subdesenvolvidos da economia do país asiático.
Além de 41 unidades na China, o CDB tem uma filial em Hong Kong e 11 escritórios de representação no exterior, incluindo o Rio de Janeiro. No fim de 2024, os ativos totais do Grupo CDB, incluindo as principais subsidiárias do banco, somavam cerca de US$ 2,6 trilhões.
Fortalecimento da cooperação
Na quarta visita de Lula à China deste mandato, realizada entre 10 e 14 de maio, os países assinaram 20 acordos e adotaram outros 17 documentos para fortalecer a cooperação em diferentes áreas pelos próximos 50 anos. Esta foi a maior rodada de acordos bilaterais do terceiro governo Lula e o terceiro encontro entre o líder brasileiro e o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, desde 2023.
A viagem foi a primeira desde a elevação das relações bilaterais ao patamar de “Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo Mais Justo e um Planeta Mais Sustentável”, em novembro de 2024.
Com agências