Eleito presidente com a maioria dos votos da população, Jair Bolsonaro (PSL) já deixou claro que vai governar para os ricos. Neste mês de julho, duas medidas comprovam que os trabalhadores são os mais prejudicados com sua gestão.
Por João Alves*
Uma penca de analistas está às voltas com a corrosão de seus prognósticos sobre a situação venezuelana. Quando o líder da oposição, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino, em 23 de janeiro, fartas foram as apostas de que o governo Nicolás Maduro estava por um fio. Seis meses depois, quem exala o odor de um cadáver político é o encarregado de sucessivas e fracassadas intentonas.
Por Breno Altman*
Morador de um beco na periferia de Porto Alegre, Zeca, 52 anos, vivia pedindo dinheiro para comprar leite Ninho para sua filha com deficiência motora e cognitiva. Em 2015, quando ele ganhou uma boa grana de um processo na Justiça, a questão do leite parecia finalmente estar resolvida. Mas não. Ele foi direto a um shopping e gastou todo valor em um tênis marca, deixando muita gente perplexa.
Por Rosana Pinheiro-Machado
O nepotismo exacerbado do Bolsonaro indicando seu filho Eduardo, o 03, para embaixador em Washington, é um problema grave, acentuado pelo enorme despreparo do 03 para o cargo. Mas a rumorosa indicação é um projeto da ultradireita americana para garantir a submissão da América do Sul aos desígnios do seu país, reduzindo esse subcontinente ao que foi em tempos passados, um quintal dos Estados Unidos.
Por Haroldo Lima*
Durante a Guerra Irã-Iraque, na década de 1980, a República Islâmica do Irã empregou o slogan “Karbala, Karbala, estamos chegando” (كربلا كربلا ما دارييم مياييم) para “defender o valor do Islã”. Na Síria, o grito de guerra “Zaynab não será sequestrada duas vezes” ajudou a mobilizar aliados xiitas e reuniu milhares de homens para combater a sunita-takfiri al-Qaeda e o Estado Islâmico (Isis).
Por Elijah J. Magnier | Tradução: Gabriel Deslandes (Opera)
O site De Olho nos Ruralistas revelou outra face do clã paranaense conhecido pela atuação de Deltan Dallagnol. Em uma série de reportagens assinadas por Leonardo Fuhrmann e Alceu Luís Castilho, a página denuncia como pai, tios e primos do procurador da Lava Jato conquistaram, à margem da lei, dezenas de milhares de hectares no noroeste do Mato Grosso, em região de conflitos e em litígio com o Incra.
Ainda não acabou a história do mítico juiz Sergio Moro, que com a operação Lava Jato criou um terremoto dentro e fora do Brasil, levando à prisão desde ex-presidentes da República, como o popular Lula da Silva, a empresários milionários, como Marcelo Odebrecht. De repente, o juiz deu o salto para a política, aceitando o Ministério da Justiça no governo de extrema direita de Jair Bolsonaro.
Por Juan Arias*
Ao se referir a nordestinos como “paraíbas”, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) adotou uma postura preconceituosa e passível de punição pela lei. É o que apontam linguistas e advogados ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo. A origem do termo está intrinsecamente relacionada à intensificação dos fluxos migratórios de nordestinos para o Sudeste a partir dos anos 1960, especialmente de baianos a São Paulo e paraibanos ao Rio de Janeiro.
O cineasta Manoel Rangel diz que o Estado “deve se manter longe da escolha de temas, conteúdos e abordagens das obras audiovisuais”. Membro do Comitê Central do PCdoB, Rangel foi presidente da Ancine (Agência Nacional do Cinema) de 2006 a 2017. Em entrevista à Folha de S.Paulo, concedida na segunda-feira (22), Rangel criticou a ameaça do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de extinguir a agência caso não seja possível usar filtros na aprovação de produções nacionais. Confira.
Temos questionado há bastante tempo a desindustrialização, a estagnação econômica, o desemprego e a redução dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora. É, portanto, muito oportuna a reportagem “Número de indústrias fechadas em São Paulo é o maior em uma década”, publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, em 21 de julho de 2019.
Por Miguel Torres*
Josué Apolônio de Castro foi um intelectual que se destacou por combater, ao longo de sua vida, o que considerava a causa principal do atraso econômico e social do Brasil: a fome. Nascido em Pernambuco, filho de retirantes, poderia muito bem se encaixar no rótulo preconceituoso de "paraíba". Mas Josué de Castro, orgulhoso de sua origem nordestina, revolucionou, há mais de 70 anos, a compreensão dos impactos sociais do subdesenvolvimento e da fome.
O ciclo de cinco anos do início da Lava Jato permite uma avaliação preliminar dos efeitos da operação na macroeconomia e no ambiente de negócios do Brasil. Essa observação no momento é possível a olho nu, sem precisão acadêmica e é o que faremos neste post, sujeito a contestações igualmente empíricas.
Por Andre Araujo*