Silvio Santos, como todos sabem, não faz distinção em matéria de bajulação a políticos – ele sempre adulou todos que estão no poder. Mas o entusiasmo com que tem acolhido em sua emissora o clã Bolsonaro e figuras ligadas ao atual governo destoa do padrão.
Por Mauricio Stycer
Na última quinta (18), Jair Bolsonaro disse que quer mexer na Ancine, porque não pode admitir que façam filmes como Bruna Surfistinha (sic). Eu fiz o roteiro de Bruna Surfistinha e fui premiada pela Academia Brasileira de Cinema por este trabalho, que atraiu 2,2 milhões de espectadores, gerando uma renda de R$ 20 milhões, além de outros R$ 10 milhões em impostos, diretos e indiretos.
Por Antonia Pellegrino*
Os movimentos que se dizem voltados à “renovação política” preparam projetos para se infiltrar nos partidos políticos, impor regras e influenciar seus rumos. A ideia é aproveitar a repercussão do “caso Tabata Amaral” – a deputada federal que voltou a favor da nefasta reforma da Previdência, contra a orientação da bancada do seu partido, o PDT. Além de Tabata, outros parlamentares infiéis poder sofrer punição.
Em 15 de setembro de 1959, o premiê soviético Nikita Khrushchev chegou a Washington para uma visita histórica. Em um tour pela Casa Branca, Khrushchev deu ao presidente americano, Dwight Eisenhower, um objeto esférico com um emblema soviético entalhado. O presente continha um simbolismo: a esfera era uma cópia da levada a bordo pela missão Luna 2, que um dia antes havia se tornado a primeira sonda a chegar à superfície da Lua.
Há exatamente 50 anos, quando a Apollo 11 chegou à Lua em 20 de julho de 1969 e o astronauta Neil Armstrong deu seu “grande salto para a humanidade”, tudo parecia perdido para a União Soviética (URSS). Milhões de pessoas no mundo todo viram essas imagens na televisão. Na história popular, os Estados Unidos se tornaram os grandes vencedores da corrida espacial contra os soviéticos. Nada mais falso!
O governo Jair Bolsonaro (PSL) não pode acabar com a multa paga pelo empregador sobre o valor depositado no FGTS ao trabalhador em caso de demissão sem justa causa. Nesta sexta-feira (19), o presidente criticou o valor da multa (40%) e ameaçou vetá-la. “É possível alterar o valor da multa, mas não extingui-la”, diz a advogada Gisela Freire, sócia do Cescon Barrieu. “É uma cláusula pétrea da Constituição que garante a indenização ao empregado quando há demissão sem motivo.”
Ao bater o suíço Roger Federer na mais longa final de Wimbledon, no último domingo (14), o sérvio Novak Djokovic, número um do ranking mundial, fez mais do que impedir o 21º título do rival em torneios do Grand Slam. Ele deu mais uma razão para figurar entre os três gigantes do tênis atual.
Por Thales de Menezes
A proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, pode cortar o acesso de 12,7 milhões de trabalhadores ao abono salarial. A exclusão atingirá 54% dos 23,7 milhões dos atuais beneficiários do programa – ou seja, trabalhadores com até dois salários mínimos de remuneração mensal de empregadores que contribuem para o PIS/Pasep. Com o abono, eles têm direito ao valor de um salário mínimo por ano.
Ex-cônsul honorário do Brasil em Queensland, na Austrália, o advogado Valmor Gomes Morais afirma ter descoberto pelo Diário Oficial da União que foi exonerado do cargo, na última quinta-feira. O desligamento ocorreu menos de uma semana após ele ter feito críticas ao ministro Sergio Moro (Justiça) em seu perfil pessoal no Facebook.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (19), presidentes de seis centrais sindicais brasileiras destacaram o legado do economista Walter Barelli, que morreu na noite desta quinta (18), aos 80 anos. Barelli foi diretor técnico do Dieese por mais de 20 anos e ministro do Trabalho no governo Itamar Franco (1992-1994).
As notícias sobre as mudanças na estrutura institucional sobre a qual se apoia o cinema brasileiro foram recebidas com um misto de desespero e espanto pelo setor. Desespero ante as ameaças de que o edifício normativo erguido nas duas últimas décadas comece a ruir. Espanto diante das incongruências presentes num texto, originado num blog, que teria induzido Jair Bolsonaro a questionar os princípios da política audiovisual.
Por Ana Paula Sousa*
O ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro criticou o “Future-se”, lançado de improviso na última quarta-feira (17) pelo governo Bolsonaro. O plano, de viés neoliberal, quer abrir as universidades federais para uma ofensiva da iniciativa privada. “É um projeto preocupante, porque se concentra somente em certos setores da vida universitária, que são aqueles setores que podem ter repercussão empresarial”, afirmou Janine Ribeiro à revista Época. “É um cheque em branco.”