Os números finais do governo Michel Temer, encerrado 31 de dezembro, comprovam que o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff não deu fim à crise econômica do País. Conforma a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE, o desemprego no Brasil, ao final de 2018, foi o maior dos últimos sete anos em 13 capitais e em sete estados. A taxa também avançou em oito regiões metropolitanas.
Prestes a completar um ano, a execução da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, continua sem respostas. Nesta quinta-feira (21), uma operação da Polícia Federal pôs sob dúvida a principal linha de investigação da Polícia Civil. Depois de cumprir oito mandados de busca e apreensão, a PF acredita que houve obstrução das investigações do crime. A operação também evidencia outra hipótese para o homicídio, envolvendo políticos da Assembleia Legislativa.
Nesta semana, em meio à sucessão de escândalos e à apresentação de uma reforma da Previdência visando submeter as parcelas pobres da população a um regime ainda mais brutal de espoliação no trabalho e sujeição, o sr. Bolsonaro conseguiu encontrar tempo para comentar um filme.
Por Vladimir Safatle, na Folha de S.Paulo
Fã de transmissões na internet, Jair Bolsonaro despontou em um vídeo em 17 de outubro, eleição a mil, com palavras surpreendentes para o dono do lema “Deus acima de todos”. A Igreja Católica, disse, possui uma “parte podre”, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Por André Barrocal, na CartaCapital
O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes criminalizar a homofobia. Até o momento em que o julgamento sobre o tema foi suspenso, nesta quinta-feira (21), quatro ministros votaram pelo enquadramento da homofobia e da transfobia como crimes de racismo. O avanço dessa bandeira de luta da comunidade LGBTI irritou a ministra ultraconservadora do governo Bolsonaro, Damares Alves. Segundo a desolada titular da pasta de Mulher, Família e Direitos Humanos, “é preciso combater o ativismo Judiciário”.
Cantora e compositora carioca que festejará 75 anos de vida ativista em setembro, a cidadã brasileira Leci Brandão da Silva encarna a mais perfeita tradução política do enredo da Mangueira na presente edição do show idealizado para arrecadar fundos para ajudar a escola verde-e-rosa a pôr o Carnaval na avenida neste ano de 2019.
Por Mauro Ferreira, em seu blog no G1
O classismo (a discriminação por classe social) e o racismo são os principais temas abordados em Roma, filme do diretor mexicano Alfonso Cuarón que deu a volta ao mundo e bateu recordes em premiações internacionais. Um dos favoritos ao Oscar, o longa concorre em dez categorias, incluindo a de melhor filme, nomeação raramente concedida a produções estrangeiras.
Em evento para marcar o lançamento de Reforma e Crise Política no Brasil – Os Conflitos de Classe nos Governos do PT, do cientista político Armando Boito Jr., o Centro de Documentação e Memória da Unesp (Cedem) promoverá debate e sessão de autógrafos do livro, em 28 de fevereiro, às 14 horas, em São Paulo. A publicação é fruto de uma parceria entre a Editora Unesp e a Editora da Unicamp.
Se a proposta de reforma da Previdência apresentada nesta quarta-feira (20) pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) for aprovada pelo Congresso Nacional, “as mulheres serão as mais prejudicadas”. A afirmação é de Marilane Teixeira, professora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp).
Na década de 1970, período mais duro e sanguinário da ditadura militar, o ambiente de trabalho na Metalúrgica Alfa era dos piores. Não havia Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), não havia taxa de insalubridade, a empresa não depositava o FGTS dos seus funcionários e não pagava corretamente as horas extras.
Por Carolina Maria Ruy*, no site da Força Sindical
O governo Bolsonaro já escolheu heróis e vilões no enredo que contará à população para tentar aprovar a reforma da Previdência. Na narrativa oficial, os militares são os “mocinhos” vulneráveis que precisam ser protegidos e poupados, merecendo, assim, regras à parte (prometidas para daqui a 30 dias).
Por André Cintra
A proposta de “reforma” da Previdência do governo Jair Bolsonaro – em especial o regime de capitalização pretendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes –vai prejudicar não apenas os trabalhadores na ativa. Quem já está aposentado também corre riscos.