A perspectiva política

A atual crise mundial do capitalismo teve como ponto de partida a débâcle financeira dos mega bancos de investimento, principalmente norteamericanos e europeus, provocou a retração internacional do crédito, a queda em todo o mundo das exportações

No entanto, ao contrário de várias outras crises cíclicas do capitalismo essa atual teve como epicentro e maior ponto de impacto os EUA, a Europa e outras nações do chamado primeiro mundo.


 



Os países emergentes, em especial aqueles denominados como os BRIC, Brasil, Rússia, Índia e a China, são atingidos pela intensa crise internacional do capital através dos seus efeitos decorrentes, principalmente, do que diz respeito à retração do comércio mundial e à escassez do crédito nas exportações e importações.


 


Mas um dos elementos de diferenciação dessa crise, que faz parte essencial do modo de produção do capital, o surgimento de tempos em tempos de um desequilíbrio internacional sistêmico e estrutural, reside no aparecimento desses atores na atual geografia do comércio global, o que caracteriza um novo multilateralismo econômico e político no mundo.


 


Esses países vinham em ritmo moderado ou mesmo acelerado de crescimento, de investimentos em ciência e tecnologia de ponta, em infra-estrutura básica, crescente papel do Estado na indução de políticas públicas de inclusão social de centenas e centenas de milhões de cidadãos, em geração de empregos e renda.


 


O Brasil, como parte integrante desse emergente grupo, também foi atingido, com diferenças singulares. Mas o que chama a atenção é exatamente a politização e ideologização da crise econômica.


 


Alguns segmentos políticos e financeiros, retrógrados, buscam vender pela mídia a idéia de que a crise no país é brutalmente maior do que a realidade, buscando mais lucros e dividendos políticos. São as hienas da nação.


 


Como plataforma política para esse cenário, há propostas ao povo brasileiro. Lutar pelo aprofundamento e maior radicalidade de políticas públicas de investimento em infra-estrutura, inclusão social, e fortalecimento do mercado interno.


 


Defender com intensa mobilização o emprego e a renda dos trabalhadores, a ampliação do mercado de trabalho. E bater-se, em larga perspectiva, pela soberania econômica, política, e a integridade do país. São bandeiras que agregam e unem a maioria do povo brasileiro.

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