Brasil!

A Copa do Mundo é sem sombra de dúvida o grande evento esportivo da atualidade. A organização, o cuidado e a experiência da entidade máxima do futebol fazem dela um negócio bilionário.

Se perde para as olimpíadas em números de atletas e, portanto, países envolvidos, ganham de “lavada” na comparação com esta, quando o assunto é o numero de pessoas no mundo que buscam TVs, Internet e Rádios para saber quem será o campeão desta peleja futebolística quadrienal. Há quase sete anos o Brasil conquistou o disputadíssimo direito de sedia-la.

Não era para menos, o Brasil ama o futebol. Aqui não existem times sem torcedores ou no mínimo simpatizantes. As decisões sempre envolvem mais torcedores do que as torcidas reais dos times em disputa. Sempre há um brasileiro que nutre simpatias por um time de determinado estado ou de outro, de modo que, raramente quem gosta de futebol (e aqui como em vários outros países do mundo, é muita gente!) fica de fora ou por fora de uma partida decisiva e outras nem tanto. Aqui assistem-se partidas aos sábados, domingos e no meio da semana, durante praticamente o ano todo!

Por esta razão, acredito que apesar do esforço da oposição feita pela mídia, judiciário e por alguns partidos que apostam no desgaste da imagem nativa ante o mundo e consequentemente utilizar isso para galgar alguns pontos no processo eleitoral já em curso, aposto que será um sucesso a Copa do Mundo no Brasil.

Nem acho que será a “Copa das Copas” e nem acho que o chamado legado atingirá o nível pretendido pelo governo e nem por aqueles que o apoiam. Até porque o fundamental do sucesso ou insucesso da Copa se dá mesmo é nos gramados, nos estádios, no ambiente futebolístico estrito senso. Nunca vi nenhum país ser rebaixado por conta que o metrô ou a malha viária não comportou a presença de determinado público. Até porque evento é sempre evento. Ninguém que vai aos estádios se sente menos feliz por conta do meio de transporte. Cansei de ver torcedores indo aos jogos de carro e pagando até R$ 100,00 para estacionar o bólido em algumas decisões.

O que garantirá o sucesso será, sobretudo, o desempenho da seleção brasileira em campo. É assim em todo o mundo e será assim aqui também. O resto e de resto é luta política! A oposição sem programas e sem propostas para o Brasil utilizará os jogos como uma tentativa de criar uma espécie de turno eleitoral abstrato em que será amplificado tudo que de ruim acontecer. E já acontece agora. Tem jornais de São Paulo que promove um verdadeiro boicote a realização da Copa do Mundo. As noticias são sempre negativas, sempre contra, sempre para criticar. O que evidentemente polariza alguns brasileiros que formado por ela (a mídia) tem o que Nelson Rodrigues intitulou de “Complexo de Vira-latas”. Aquela visão que tudo que vem de fora é melhor do que o daqui.

O nosso futebol é o único penta campeão que existe até o momento. A única, se não uma das poucas modalidades esportiva, em que nós superamos os dos “primeiro- mundo”. Talvez o vôlei também. Mas do ponto de vista de “massas” o futebol é imbatível. Mas mesmo assim a mídia, o judiciário, como disse que é quem lidera de fato a oposição no país, retro alimentam dois ou três partidos de oposição abastecendo artificialmente como negativa uma pauta que é positiva. Claro que isso é um risco! Imagine que se os jogadores da seleção sofrerem as pressões que, por exemplo, os jogadores do Corinthians sofreram neste fim de semana? Claro que afetará o desempenho deles. E como a batalha política é dura. Cabe ao governo e as entidades mandatárias do esporte no Brasil se organizarem para garantir que no que é fundamental o Brasil saia vitorioso. Imaginem se a moda lançada pelo lambe botas dos milicos. Carlos Alberto Parreira, representante do exercito na Comissão Técnica da seleção de 1970, onde só entrou escolhido a dedo como preparador físico, após o golpe no Comunista João Saldanha, em dar “palpites e pitácos” em questões como infra estrutura? Claro que ele como cidadão rico, à custa do futebol jogado aqui no Brasil com todas as mazelas que ele antes nunca criticou, tem o direito de falar o que ele quiser. Mas o papel dele é Coordenador Técnico da Seleção brasileira. A função dele, portanto é zelar, cuidar para que do ponto de vista técnico, a nossa seleção renda em campo o que dela se espera.

Eu penso que no que no que pese tudo isso, no que pese o esforço diário, cruel e desumano que a mídia faz para tentar convencer o povo de que a Copa do Mundo é ruim para o nosso país, o Brasil em sua ampla maioria torce pelo o país. E será um erro, tentar politizar a Copa do Mundo! O povo quer saber se dentro de campo nós daremos conta do recado. Afinal a Copa de 1950, não foi marcada, por nenhum elemento negativo nas áreas de mobilidade urbana e nem de superlotação dos estádios. O que ficou foi a terrível vitória uruguaia no Maracanã que fez chorar quem lá esteve. Mas 64 anos se passaram cinco Copas nós ganhamos e só depende da gente transformar aquela tragédia em alegria. Isso sim é fundamental e é claro que a oposição, não se furtará em fazer esforços para que também em campo as dificuldades se reflitam. Os brasileiros de bem, que amam e que torcem pelo Brasil, não deixarão e iremos juntos mostrar ao mundo a força do futebol no nosso país.

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