Como se fosse natural adoecer

Não existe situação mais desagradável do que o adoecimento. Sobretudo quando você não sabe direito o que tem, nem parece algo sério o suficiente para buscar cuidados profissionais.

Desde sexta-feira às turras com tosse, rinite e um esquisita dor nas proximidades do arco costal esquerdo, mergulho agora nos grupos e mensagens do WhatsApp por necessidade e dever de ofício.

E me deparo com a expressão “adoeci sem necessidade”, que pronunciei em resposta a um companheiro dirigente do Partido.

De fato, adoecer pode ser natural – mas necessário nunca será! Dito assim, com exclamação peremptória.

Pois há gente que até gosta de adoecer como meio de autocomiseração, subproduto de outros males, estes especificamente do espírito.

Eu, jamais!

Pois não existe situação mais desagradável do que o adoecimento. Sobretudo quando você não sabe direito o que tem, nem parece algo sério o suficiente para buscar cuidados profissionais.

Como me aconteceu da última sexta à noite até ontem.

E quando imagino começar a recuperação plena, o colega médico amigo, competente e solidário me convence de que a tosse que antes era seca e agora é cheia sugere infecção bacteriana.

E haja antibiótico e corticoide!

Pior: a imposição de repouso rigoroso até o próximo 2 de maio, alegada a minha condição de idoso rebelde!

A gente não adoece porque quer, nem porque precisa. Mas por descuido, sim.

Caduco de saber que o refluxo gastresofágico de que padeço limita a quase zero o café, a bebida alcoólica fermentada e refeições à noite, por exemplo, às vezes me descuido e passo da conta.

Como desta vez, que juro a mim mesmo (mais uma vez!) não repetir.

O fato é que se foram quatro dias perdidos e mal dormidos e de atraso no trabalho e no lazer.

Para quem já vai bem encaminhado depois dos 70, não há como se dar ao luxo de andar adoecendo por aí. Até porque uma hora dessas o adoecimento passa da conta e por um instante não haverá mais nem o que contar…

Todo cuidado será pouco. Assim o prometo!

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