Hora de decisão

Dentro de 05 dias, brasileiros que não se decidiram no 1º turno voltarão às urnas para escolher seus novos prefeitos, dentre os quais os de 11 capitais. Manaus será uma dessas capitais, onde a disputa se dará entre Amazonino (PTB) e Serafim Correa (PSB).

De acordo com recente pesquisa do IBOPE Amazonino tem 59 e Serafim 34%. Institutos locais apresentam números ligeiramente diferentes, especialmente em relação a Serafim. A empresa Perspectiva indica um placar de 57 a 43%. O IBOPE tem uma tradição de erros em Manaus, mas os dados dos institutos locais também não são animadores. Esperemos os votos.


 



No 1º turno Amazonino obteve 46%, Serafim 23% e os demais candidatos 21% dos votos válidos. Se tomarmos como referência os dados da “Perspectiva” de hoje concluiremos que Amazonino cresceu 11 pontos percentuais e Serafim 20 pontos, evidenciando que alem da migração de votos em decorrência dos apoios do 2º turno houve troca de votos também entre os candidatos.


 


A diferença de 14% que hoje existe entre os dois candidatos está no mesmo patamar de outras capitais que disputam o 2º turno. Significa dizer que embora os dados sejam animadores para Amazonino – o que seria a tragédia anunciada – ainda há possibilidade de uma vitória de Serafim, que agora conta com o apoio do PCdoB, PT, PPS e PSOL.


 


De nossa parte estamos nos empenhando, apesar de todos os problemas criados contra o partido, para que essa tragédia não se materialize, embora os dados estatísticos sejam pouco animadores.


 


Essa seqüência de acontecimentos nos colocou no dilema de ter que fazer uma opção política que, seja qual seja o resultado, não é a melhor opção para o PCdoB. Como o partido não pode sequer trabalhar com a hipótese de ver Amazonino novamente inserido na disputa política fez a clara opção de apoiar Serafim Correa do PSB, apesar de sua aliança com o PFL e o PSDB.


 


Atitudes semelhantes adotaram PT, PPS e PSOL. A clareza com que as forças progressistas se manifestam no 2º turno é o ponto frágil de Amazonino, razão pela qual ele sempre teve enorme dificuldade de ampliar sua vantagem num enfrentamento de dois turnos. Mais uma vez fica evidente que a avaliação do partido estava correta. O centro da tática era evitar a vitória de Amazonino já no 1º turno e colocar contra ele o candidato mais competitivo que dispúnhamos, no caso a Deputada Vanessa Grazziotin, do PCdoB.


 


Infelizmente nesse 2º turno Amazonino faz campanha explorando o que todos nós igualmente sabíamos: a fragilidade administrativa de Serafim e recorrendo a comparações de realizações, geralmente carregadas de manipulação.

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