Lá vem fake maior

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Na corrida eleitoral dos Estados Unidos, Donald Trump diz que desconfia do sistema eleitoral de seu país e que, se perder nas urnas, vai questionar o resultado. Vai chutar o balde. Ele sabe muito bem disso, até porque chegou ao poder usando fake news (mentiras), num processo fartamente denunciado, mas fracamente investigado.

O mesmo que aconteceu no Brasil, até porque, aqui, o candidato vitorioso contou com o apoio da grande mídia e os olhos abertos da Justiça Eleitoral. Inventar histórias sobre outros candidatos, segundo ambos, é lícito, se der certo, como deu, em ambos os casos. Agora, se as eleições forem limpas e eles perderem, aí a fake news será sobre os processos eleitorais.

É o mau uso da Internet, ainda não regulamentada a contento. Uma ferramenta de crimes diversos aí, disponível, franqueada a malfeitores como os que fizeram as campanhas do magnata Trump e de seu fel seguidor daqui. De todo jeito, são muitas as evidências de crimes eleitorais nos dois casos, o que torna bastante estranhas as atitudes dos sistemas judiciários dos dois países.

A Justiça Eleitoral foi acionada várias vezes nas eleições gerais de 2018, no plano federal e em estados. Sua maneira de agir, no entanto, foi de descaso, o que gerou descrédito ainda maior naquela instituição, mas os resultados das urnas, mas alterado por visíveis crimes eleitorais, é que vale, no fim das contas.

Na campanha voltada às eleições municipais, ora em curso no Brasil, há informações de fontes seguras de que golpes de fake news estão sendo armados nas principais cidades do País. Contudo, nesses locais a Justiça Eleitoral e a Polícia Federal estão preparadas pra enfrentar ações criminosas nas redes sociais, segundo garantem.

O fato é que são apenas rumores e, em verdade, as mentiras virtuais podem tomar conta das comunicações nas redes sociais em caráter regional, buscando os eleitores de pequenos municípios. Mas, a Justiça brasileira especializada, que ganhou notoriedade mundial, há anos, pelo bom uso da tecnologia virtual – foi pioneira no sistema de votação eletrônica, por exemplo –, agora não demonstra tanta desenvoltura no controle de atividades criminosas via Internet.

Ademais, devemos ter em mente que daqui a dois anos teremos novas eleições, inclusive a Presidência da República, e aí o tamanho da encrenca será bem maior, pois traz de volta ao cenário os especialistas que atuaram em 2018. O mesmo que está ocorrendo nos Estados Unidos no momento, em que especialistas graduados no crime virtual que atuaram na eleição de Trump voltam ao cenário político pra tentar reeleger o chefe – ou armar alguma grande encrenca, caso sejam confirmadas as previsões de derrota.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
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