Lições da campanha eleitoral
Entre as várias lições que emergiram ou se confirmaram no processo eleitoral de 2010, algumas merecem registro especial. Em relação à grande mídia: (1) sua indisfarçável partidarização; (2) a perda de boa parte do poder de “formação de opinião” que já desfrutou; e (3) o fato de que técnicas e ferramentas eficientes de comunicação podem ser disparadas de espaços externos – sobretudo da internet – e, só depois, por ela apropriadas.
Publicado 25/01/2011 14:23
Por outro lado, ficou clara (4) a utilização no Brasil de estratégias da “direita internacional” já testadas em outros países, desde os EUA.
A partidarização da grande mídia escancara ainda mais a necessidade de regulação do mercado para que mais vozes participem do espaço público e se garanta a pluralidade e a diversidade de idéias e opiniões, inclusive, nos processos eleitorais. Esta não é, por óbvio, a única evidência da necessidade de regulação. Lembre-se, por exemplo, a não regulamentação de dispositivos constitucionais incluindo: a expressa proibição de que a mídia seja objeto de monopólio ou oligopólio (§ 5º do artigo 220); as normas para produção e programação de radiodifusão (artigo 221); o princípio da complementaridade dos sistemas publico, privado e estatal (artigo 223) e a proteção a direitos fundamentais, inclusive o direito de resposta (artigo 5).
Felizmente a presidente eleita não se deixa enganar pela confusão deliberada entre “ameaças à democracia e à liberdade de expressão e de imprensa” e marco regulatório. Provocada, disse no Jornal da Band:
Outra lição decorre das estratégias que a direita internacional utilizou no Brasil. Em entrevista concedida à Folha de São Paulo, o responsável pelo marketing político da, então, candidata Dilma afirmou: