Mary do Rap: Paralelo periférico

Armas inflamam nas ruas

Deixando nuas vidas…
Deixando vidas por um fio
Fazendo o pavio se apagar.
Sobem em carros
Descem aos montes…
De horizontes estranhos!
Tamanhas paradas que temos que enfrentar, nas ruas, das cidades.
Polícia armada
Cidadão desajeitado tem arma facilitada…
E o entulho o lixo
Não tem fim!
Se ficar o bixo, pega…
Se correr o bixo come!
Arma é uma doença infecciosa
Violência que nos consome…
O conjunto endurecido
O ladrão, a polícia e o bandido
Quem vai ceder?
Quem vai proceder o bem…
Mas por enquanto só tem,
Escreveu não leu o pau comeu!
Todos se governam
Todos levam a cabo o erro…
Ninguém cede,
Ninguém impede o mal
Só querem fazer o seu…
Mas e defender?
E apoiar de consciência?
Qual a consequencia empregada?
Qual é o moral da pessoa armada?
Algo tem que se desfazer…
Alguém tem que ceder!
Eu pergunto: O que fazer?
Como não se arranhar?
Como não esmorecer?
Só sei que é como bater em pedra dura….
Só sei que na minha lei a minha arma é escrever!!!

Mary do Rap
é moradora de Porto Alegre RS, participou do livro Suburbano Convicto. Pelas Periferias do Brasil. Organização Alessandro Buzo

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