Publicado 27/01/2010 12:17
Exercitados no desabrigo
e eu os percebi
no meio da noite escura,
onde luzes artificiais
eram artificiais…
Meu coração se abriu no meio do medo…
O medo de mim,
o medo do outro em mim
atravessado e traduzido.
Nem sequer calculamos
que seríamos expulsos
das lembranças dos poemas…
E eu que cresci com infância
de chinelos e brinquedos,
decido descalça e engulo involuntária
que tenho estômago plural.
Os homens que doem por aí,
doem-me aqui.
As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor
Marta Eugênia
Professora de Língua Portuguesa, especialista em linguística na cidade de Arapiraca - AL. Escreve há algum tempo e tem alguns poemas espalhados pela cidade, como por exemplo no "Memorial da Mulher".
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