O cineasta Iñarritu conversa na Universidad de México

Na entrevista, a maior parte da conversa girou em torno da violência social. A violência que domina a sociedade mexicana e também o mundo em que vivemos

Em Bardo, Iñarritu investiga a identidade mexicana. Foto: Divulgação

Buscando novos filmes do cineasta Alejandro González Iñarritu, depois de Bardo e Amores Perros, encontrei no YouTube uma conversa do cineasta na Universidad Nacional de México, com duração de 3h30min30s. Não é uma simples entrevista, mas uma conversa palestra que aconteceu na Cátedra Ingmar Bergman da Universidad Nacional de México – UNAM:

https://www.youtube.com/watch?v=RHmD0UCTBeY

A entrevistadora foi a crítica de cinema Fernanda Solórzano. Ela esteve no diálogo por mais ou menos duas horas, e depois houve a intervenção de alguns alunos. A palestra foi num cinema,  certamente um cinema que faz parte da Universidade. O ambiente foi bastante bem coordenado, no palco com Iñarritu e a crítica e uma mesinha com salgadinhos para os participantes. O evento foi bem gravado e com o som um pouco baixo, mas bem audível. Claro que todos falando em espanhol.

Nas primeiras duas horas, Iñarritu falou particularmente sobre sua formação antes da direção de filmes, quando ele trabalhava numa rádio especialmente com música. E mostrou ser um bom conhecedor da técnica e da estética musical. É claro que por isso seus filmes apresentam roteiros musicais muito bem estruturados.

Depois, falou muito sobre “Amores Perros”, não somente sobre a parte cinematográfica, como entrando na questão da violência que o filme mostra. Faz parte do filme uma forte ação, que inclui a forma em que vivem os mexicanos. Certo que são pessoas das faixas mais pobres e pessoas jovens ou menos jovens.

A maior parte da conversa girou em torno da violência social. A violência que domina a sociedade mexicana e também o mundo em que vivemos. Iñarritu mostrou ser uma pessoa obsessiva que gosta de falar, e que como apresenta em seus filmes quer influenciar para mudar o mundo. Quase que diz abertamente que quer mudar este infeliz mundo em que vivemos.

Existem várias matérias com Iñarritu no Youtube, e vou ver todas. Inclusive para incentivar ainda mais esse interesse que tenho acerca do México. A cada momento vai passando mais pela minha mente a ideia de viajar para a capital Ciudad de México, e de lá alugar um carro e ir viajando até o nordeste que faz fronteira com a Califórnia, e seguir daí até New York. É um delírio meu. Que tem o apoio de Rachel Rangel.

Olinda, 12. 03. 23      

Inteligência artificial cegueira

A GloboNews apresentou até ontem a série Robô Sapiens, e o último episódio, o oitavo, foi apresentado ontem. Um assunto que me interessa e que me interessou, mas o que acho mais importante é a parte de inteligência artificial, e não de robô, mas o último episódio foi mais nesse sentido. Sem dúvida, consideraram que o robô é mais atraente para o público, embora a inteligência artificial seja onde está a questão fundamental. Não me interessa brincar com um robô, mas aprender a incluir na minha inteligência essa outra inteligência tão especial, e que nos ajuda a viver muito melhor.

No último episódio, teve uma apresentação ligada a Singapura, onde está um laboratório ligado à visão. Não consegui entender muito bem até onde vai ou está o desenvolvimento. Só espero que estejam buscando alguma forma que consiga colocar nova visão em quem tem problema para ver. Com tanta tecnologia já descoberta pela humanidade, e as pessoas ainda ficam sem ver? Quando eu era criança, e meu avô tinha, penso, 75 ou 80 anos, ele não estava conseguindo ver e isso era simplesmente por catarata. Hoje, minha filha Gabriela, com 60 e poucos anos, fez operação de catarata e ficou vendo por um olho 100 por cento e pelo outro 80 por cento. Quando será que vão salvar da cegueira todos os que precisam, inclusive como no meu caso, que sofro desde criança de extrema miopia e outras questões, e estou com pouquíssima visão?

Hoje, a única esperança, que ainda tenho de não ficar cego totalmente antes de morrer, é com a Nossa Senhora da Conceição. Misericórdia.

Olinda, 13. 03. 23

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