O espectro do Caixa 2 ronda o ninho tucano
Uma decisão tomada em Brasília nesta semana pode mudar o rumo do jogo no ninho tucano. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a reabertura das investigações do caixa 2 na campanha de eleitoral de 2008.
Publicado 04/04/2011 19:03
Vale recordar os fatos. Durante a campanha eleitoral de 2008 a coligação encabeçada pela dupla Beto/Ducci operava um esquema de compra de apoios políticos através de um comitê eleitoral que era coordenado por funcionários e políticos ligados à base política de apoio do então prefeito Beto Richa.
O escândalo teve ampla repercussão nacional e ficou conhecido em virtude do modus operandi do chamado Comitê Lealdade, que organizava a distribuição de dinheiro para os apoios comprados, conforme imagens fartamente divulgadas pela mídia.
O processo de cassação de Ducci retornará nos próximos dias à juíza Fabiana Silveira Karam, da 1ª Zona Eleitoral de Curitiba, para intimar os réus, ouvir testemunhas e, logo em seguida, decidir pela cassação ou não do prefeito e pelo impedimento do governador Beto Richa (PSDB).
Caso a decisão seja pela cassação dos mandatários envolvidos no escândalo do caixa 2 o cenário da disputa pela prefeitura de Curitiba muda completamente, abrindo possibilidades até para Gustavo Fruet, que não conta com a boa vontade do governador na sua pretensão de disputar as eleições municipais de 2012 pela legenda tucana.
Na última sexta-feira, uma reunião de assessores e tucanos ilustres foi realizada para avaliar a situação e definir uma estratégia diante da possibilidade de cassação do prefeito. Tudo isso depois de uma semana de turbulência com greves e protestos de diversas categorias de servidores municipais.
Ou seja, passados mais de dois anos, o espectro do caixa 2, resultado de ação movida pelos partidos – PT, PMDB, PCdoB e PSC – continua rondando o ninho tucano.