O futuro do Brasil

O eleitor consciente percebe que a sua responsabilidade é decisiva para a escolha de um caminho para o seu país, agora que só existem duas opções nas próximas eleições: prosseguir com o desenvolvimento nacional e democrático elegendo Dilma ou voltar à herança oligárquica que a oposição representa apoiando o Tucano.

As nuances da esquerda, mais uma vez serão adiadas pela prioridade de alianças estratégicas para evitar retrocessos lamentáveis nas conquistas que abriram um novo estilo de fazer política com as mãos e a consciência limpas. Teremos de somar as forças que defendem as mesmas metas coletivas do povo brasileiro para superar as ambições de pessoas e grupos que há séculos impõem uma história de dependência e subdesenvolvimento ao Brasil.

Foi no bojo deste novo estilo que a sociedade brasileira escolheu maioritariamente os candidatos que deram prova da sua dedicação altruista à melhoria das condições de sobrevivência e ao desenvolvimento dos setores que sempre foram desprotegidos e destruidos pela ganância das elites: os seres humanos mais pobres e as espécies que compõem a natureza. Mas existem setores sociais que ainda não pensam na população inteira do Brasil antes de resolver as suas questões individuais. É legítimo resolver os próprios problemas, mas sem as condições de sobrevivência e desenvolvimento para todos o ponto de vista pessoal é microscópico.

As mudanças profundas só são alcançadas quando há união, assim há 8 anos um trabalhador metalúrgico demonstrou que a sua capacidade de defender os interesses da população brasileira era maior que a dos sucessivos representantes da elite dominante. Este passo de gigante ecoou em toda a América Latina e conquistou a admiração do mundo inteiro. Foram oito anos de tentativas da oposição para quebrar a espinha dorsal do Governo que nunca cedeu sustentando com dignidade a ética intransigente que a manteve ligada ao povo. O país se fortaleceu e a população adquiriu esperanças com o início do desenvolvimento. Houve sacrifícios, decepções pessoais, mas o caminho inicial foi mantido.

A campanha eleitoral mostrou que a oposição não tem projeto alternativo. Desenvolveu uma luta mesquinha, apoiada em mentiras e difamações traçadas pelos seus marqueteiros, tentando mostrar que pode fazer mais e melhor o programa de Lula. A grande mídia criou a máquina para divulgar imagens negativas do Governo Lula e dos seus candidatos e incentivou a pulverização dos eleitores de esquerda. No primeiro turno os candidatos de esquerda que estiveram junto com Lula no início, alcançaram perto de 70% dos votos. Divididos deixaram a oposição confiar na vitória. No Chile, em 2009, ocorreu o mesmo permitindo que o candidato de Michele Bachelet fosse vencido pelos admiradores de Pinochet. O arrependimento chegou tarde.

No Brasil foi o voto popular em 2002 e 2006 que abriu o caminho da democracia e recentemente foi a voz popular que levou o Supremo Tribunal a impedir que os candidatos sem Ficha Limpa sejam impedidos de ocupar altos cargos na política nacional. Apesar de haver discordâncias entre os Ministros do STF, a ética defendida pelo povo saiu vitoriosa. Com participação popular e consciência de cidadania é que são abertas as veredas da liberdade e da dignidade nacional.

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