O futuro tramita pelas estradas que passamos

Em meio à violência e ao caos, a poesia de Antônio Carlos Queiroz surge como resistência e convite à reflexão sobre o mundo que queremos deixar para as próximas gerações.

Em tempos tão difíceis nos quais uma mulher de apenas 26 anos é deixada para morrer numa trilha turística de um país, e um grandalhão covarde alça uma criança de menos de dois anos e a atira ao chão em um aeroporto, a poesia se faz mais necessária do que nunca.

Mas não qualquer poesia, e sim aquela que nos faz pensar, sonhar e querer ir além. Além dos muros, das vidraças e dos neons. Suplantar as pedras no caminho de Drummond e de todas, todos e todes.

E que maravilha quando recebemos um livro de um amigo com puro deleite de poemas caprichados para superar o desgaste do tempo presente dominado pelas guerras, pela vingança, pelo ódio de classe, de raça, de gênero.

Não a poesia como escape, mas como diagnóstico deste triste momento para a sua superação acontecer com palavras de delicadeza, generosidade, sabedoria.

Afinal, ser bom poeta não é para qualquer um. E Antônio Carlos Queiroz – o ACQ, do Distrito Federal – lança seu segundo livro, Controversos, para gerar controvérsias nas mesas dos bares, nos podcasts, nas redes sociais, em todos os lugares.

Porque “o passado tem causas precisas – nítidas/ Mas o futuro não está escrito – tramita”. Porque “cada sopro é um resgate,/ um minuto a mais/ de gozo e alforria”, assim escreve o poeta como somente os poetas podem escrever.

E como a “arma da crítica”, como diz Marx, “não substitui a crítica fumegante da arma”, chega de blá-blá-blá e vamos à intifada. “Fogo nos fascistas”, como canta Chico César.

O livro de ACQ tem poesias díspares em tema e estética, mas cala fundo no coração anticapitalista que sonha com o mundo socialista, onde predominem a generosidade e a solidariedade humana.

Lembrando sempre que, “Quando falta um ombro/ sempre se pode contar/ cos raios da lua”. Versos tão delicados que levam a pensar e pensar a vida, a vida com a qual sonhamos e queremos para todas as pessoas. Um mundo sem senhores e sem escravos, “um mundo de irmãos”, como diria Dom Hélder Câmara.

Como questiona ACQ: “A quem falta fósforo/ ou pedra de faísca/ para atear a flama?… A quem falta o ânimo/ do vulcão depois de/ longo e sereno sonho?”.

São 190 páginas de pura poesia para pensarmos sobre o mundo que queremos para quem vem depois. Até porque o futuro tramita pelas estradas que passamos.

Para adquirir este livro, entre em contato com o próprio autor, pelo whatsApp 61 99942-5340, e faça o PIX de R$ 69, mais a taxa dos Correios de R$ 10. A chave do PIX é 133.375.801-49. Aí leia as poesias sem moderação nenhuma.

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