“Princípios”, SBPC & Amazônia

Temas como a Amazônia, Meio Ambiente, Energia Alternativa, Informática, e Pesquisa com célula “tronco”, dentre outros, deveriam merecer uma atenção especial de tantos quanto fazem da atividade política um instrumento de ação na busca por transformações de

A Revista Princípios, atenta a esse debate estratégico, dedicou a sua edição 90 a Amazônia. E transformou o lançamento nacional da revista num exitoso debate sobre o tema por época da realização da conferência anual da Sociedade Brasileira Para o progresso da Ciência (SBPC), realizada em Belém no mês de julho, que por coincidência tratava do mesmo tema.


 


A convite do Instituto Mauricio Grabois tive a oportunidade de participar de uma seleta mesa de debate envolvendo pesquisadores do Instituto Museu Goeldi e da Universidade Federal do Pará, de representantes da Associação Nacional de Pós Graduandos e do presidente atual e futuro da SBPC.


 


As intervenções, no fundamental rica de informações e recheadas de declarações em defesa da Amazônia, traduziram o entendimento que cada um dos expositores detém sobre a região.


 


Afora eventuais limitações expostas, o que particularmente me reconfortou foi perceber que a tese central que ao longo dos anos tenho sustentado de que “a Amazônia é uma questão nacional e não regional”, freqüentou o conjunto das intervenções.


 


Quando boa parte dos pesquisadores, ativistas ambientais, parlamentares, empresários, dirigentes partidários e gestores públicos, em todas as esferas, tiverem essa compreensão, aí então o Brasil terá assegurado sua plena soberania sobre esta região estratégica.


 


A importância da solidificação dessa compreensão decorre do fato de que boa parte dos que polemizam a Amazônia o fazem sob a ótica limitada do regionalismo ou sustentando a tese de que “a Amazônia é patrimônio da humanidade”, mesmo que na maioria dos casos não verbalizem isso expressamente.


 


A noção de que a Amazônia é uma região estratégica, nacional, cujo desenvolvimento sustentado é imprescindível para o próprio desenvolvimento nacional, infelizmente ainda não faz parte de uma compreensão geral nem mesmo (e principalmente) dos círculos acadêmicos.


 


Assim, edições como a da Revista Princípios, debates como o do IMG e congressos temáticos como o que a SBPC acaba de realizar, são ações fundamentais para a solidificação da compreensão de uma Amazônia nacional, desenvolvida, com elevação do padrão de vida de seus habitantes e cientificamente estudada.

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