Reforço da pauta

Na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social no mandato de Dilma Rousseff a equipe econômica e a própria presidente enfatizaram a luta contra a inflação sem prejuízo do desenvolvimento, sem cavalo de pau na economia e sem guerra contra os salários.

Esta posição afirmada é correta de dois pontos de vista, ambos aprovados pelos trabalhadores que aprenderam a detestar a inflação (embora tenham sido durante muitos anos escravizados por ela e iludidos por “correções” nominais) e a valorizar o desenvolvimento, com aumento do emprego formal, com ganhos reais de salários, em especial do salário mínimo, com distribuição de renda e crescimento da parte dos salários na renda nacional.

Dirigida aos empresários que são a esmagadora maioria no Conselhão o recado presidencial forte deve ter causado neles um choque de realidade.

Será preciso abandonar a postura meio sonsa meio hipócrita de estimular nos meios de comunicação o pânico inflacionário para reprimir os salários. Em momento algum nenhum dos presentes teve a ousadia de entoar o refrão, que procuram incutir nos outros e cantam privadamente, de que salário causa inflação.

O movimento sindical que trabalha ativamente para organizar as comemorações do maior 1º de Maio do mundo com uma pauta unitária de reivindicações aprovada na Conclat do Pacaembu reforçou suas convicções para realizar as campanhas previstas nas ruas e no Congresso Nacional, assim como para as negociações e campanhas salariais do segundo semestre, que serão difíceis.

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