Solidariedade, uma bandeira de todos

Numa época onde ocorre uma série de mudanças no campo das relações políticas internacionais, a solidariedade entre os povos ganha um caráter estratégico para aqueles que defendem uma sociedade mais justa e democrática. Nesse sentido precisamos criar uma cultura de solidariedade nos diversos movimentos sociais. Militei por alguns anos na Associação Cultural José Martí/RS, entidade que defende a solidariedade entre os povos, Muito aprendi com os companheiros e companheiras que lá atuam, infelizmente os compromissos me afastaram do cotidiano da entidade. No mês de junho, nos dias 03 e 04 ocorrerá a VI Conferência Estadual de Solidariedade à Cuba, por isso resolvi relembrar alguns ensinamentos no período de militância pela solidariedade entre os povos.

Primeiramente, destacado que a luta pela solidariedade deve ser travada por todos os movimentos sociais, não é luta exclusiva do movimento de solidariedade, mas deve ser uma pauta incorporada pelos demais movimentos sociais. Os sindicalistas, os estudantes, os comunitários, as feministas, enfim, todos os movimentos sociais devem incorporar em suas bandeiras de lutas a defesa da solidariedade entre os povos.

Destaco também, que não só os movimentos organizados devem atuar na solidariedade, mas as pessoas de uma forma em geral devem ajudar nessa luta contra as agressões que o imperialismo realiza contra os povos. Intelectuais, juristas, personalidades públicas, entre outras, podem ajudar muito na divulgação de uma bandeira de luta tão justa e digna quanto a defesa da solidariedade entre os povos.

Por fim, cabe ressaltar que o movimento de solidariedade não é apenas um movimento composto por pessoas de esquerda. O que deve nortear nossa ação na luta pela solidariedade é o caráter amplo e unitário dessa luta, não cabe sectarismos, nem visões estreitas acerca da solidariedade. Essa não pode ser uma luta apenas dos “revolucionários” de plantão, essa visão dogmática só prejudica a luta pela solidariedade entre os povos. Na verdade todos que têm uma visão humanista, que respeitam a autodeterminação dos povos, que rejeitam a política imperialista, podem se somar na luta pela solidariedade, pois essa luta é uma luta de todos.

Nesse sentido, presto minha homenagem aos queridos amigos, Cezira, Marajuara e Ricardo, que se dedicam de forma incessante à José Martí/RS e que trabalham para a realização da VI Convenção Estadual de Solidariedade a Cuba. Presto, também, minha homenagem “in memoriam”, à Paulo Ricardo Petry, um amigo muito especial e grande militante da causa da solidariedade entre os povos.

Convido a todos a participaram da VI Convenção Estadual de Solidariedade à Cuba.

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