Soneto para meu cão
Publicado 08/06/2010 20:31
Uma mão habilidosa pegou num pincel
e torceu em contornos um rabinho
que de porquinho só parece
Mas, ao caracol engana direitinho
Esticou orelhinhas atentas
e de marrom tingiu
Mas deixou escorrer uma aguada
e à face esquerda deu um perfil
De tão alegrinho que ficou
de pirata o fantasiou
para brincar o carnaval
foi a natureza que se inspirou
Tão alvinho que dói nos olhos
foi o artista quem decidiu
ao juntar todas as cores
tão branco o definiu
Empinado e altivo
Parece também um cavalinho
trota as patas com agilidade
sobre pretas almofadinhas
Com um sorriso nos lábios
exibindo boa dentição
nunca ninguém viu
tão simpático cão
Recebeu por nome, Caillou
no diminutivo, Cailluzinho
na pressa, Cacá
mas em todas elas, um amorzinho
De versos e rimas pouco entendo
mas ao artista precisava homenagear
por tão bela obra de arte
e por tanta alegria me dar!