Soneto para meu cão

Uma mão habilidosa pegou num pincel

e torceu em contornos um rabinho
que de porquinho só parece
Mas, ao caracol engana direitinho

Esticou orelhinhas atentas
e de marrom tingiu
Mas deixou escorrer uma aguada
e à face esquerda deu um perfil

De tão alegrinho que ficou
de pirata o fantasiou
para brincar o carnaval
foi a natureza que se inspirou

Tão alvinho que dói nos olhos
foi o artista quem decidiu
ao juntar todas as cores
tão branco o definiu

Empinado e altivo
Parece também um cavalinho
trota as patas com agilidade
sobre pretas almofadinhas

Com um sorriso nos lábios
exibindo boa dentição
nunca ninguém viu
tão simpático cão

Recebeu por nome, Caillou
no diminutivo, Cailluzinho
na pressa, Cacá
mas em todas elas, um amorzinho

De versos e rimas pouco entendo
mas ao artista precisava homenagear
por tão bela obra de arte
e por tanta alegria me dar!

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