Tributo ao Servidor Público

Nos anos 90, com o advento da chamada política neoliberal, os estados nacionais foram duramente atacados. Privatizações criminosas, submissão às diretrizes de organismos internacionais como o FMI e supressão de direitos sociais e trabalhistas passaram a s

Sem dúvida alguma os servidores públicos estão entre as categorias de servidores públicos que mais duramente foram atacadas neste período. Ataques, aliás, que ainda não cessaram integralmente.


 



Aqui no Amazonas, por exemplo, a privatização da Cosama deixou 500 mil pessoas sem água e, também, centenas de trabalhadores desempregados. O BEA foi entregue pela bagatela de 190 milhões de reais, juntamente com a exclusividade da conta do estado por 10 anos e a cabeça de outra centena de trabalhadores. O choro e o desespero dessas pessoas, durante a luta contra a privatização, ainda ecoam nos meus ouvidos.


 



Mas o “mercado” queria mais sangue e então o ex-governador promoveu a reforma da previdência estadual. Acabou com a assistência médica aos servidores e elevou a taxa de contribuição para 14%, inclusive de aposentados que, tal quais os efetivos, passaram oito anos sem reajuste salarial.


 



O tempo demonstrou a estupidez dessa política. Os serviços públicos foram sucateados e o principal prejudicado foi precisamente à população que utiliza esses serviços. Os bens do povo foram privatizados a preços aviltantes, como ficou demonstrado com a privatização do BEA.


 



O atual governador acaba de anunciar que negociou a prorrogação da exclusividade das contas do estado com o novo controlador BEA. Por essa concessão de apenas dois anos o estado vai receber 200 milhões de reais, evidenciando que a sua privatização ou foi criminosa ou gerida de forma incompetente.


 



Mas, apesar dos ataques, seguimos em frente, simplesmente porque somos necessários à população.

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