Ilustradora e cartunista, Luli Penna fala sobre seu livro “Sem Dó” (Ed. Todavia), lançado em 2017. Ela vibra ao comentar como sua “graphic novel” em preto e branco foi alçada à categoria de literatura para os estudantes de pós-graduação da Universidade Sorbonne, no programa acadêmico sob orientação do professor e escritor Leonardo Tônus.
"Mailson Furtado, cearense de Varjota, no seu longo e belo poema às cidades esmiuçou com olhar agudo as angústias cotidianas de uma cidade que se mistura e se transforma a cada alarme do tempo".
Por Mendes Júnior*
Está nos brinquedos no chão do quarto dos seus filhos. Está na tela do cinema. Está na sua estante de livros, agora numa edição de luxo, quando antes era papel barato de jornal. Stan Lee é parte do seu dia a dia, mesmo que você nunca tenha ouvido falar do roteirista e editor de histórias em quadrinhos, que foi responsável pela criação de alguns dos principais super-heróis da cultura pop e e que morreu na segunda-feira(12), aos 95 anos de idade.
Por Zé Wellington*
O epitáfio de Ésquilo, um dos pais da tragédia grega, ignora o dramaturgo e celebra sua participação militar na Batalha de Maratona. Stan Lee, falecido aos 95 anos nesse 2018, se orgulhava por ao se alistar voluntariamente na 2º Guerra Mundial ter sido classificado pelo exército americano como “dramaturgo”.
Estava eu sentado na sala de cinema, no meio de uma exibição do filme Capitão América – Guerra Civil quando no final da película veio a já aguardada participação de uma figura reincidente nos filmes de super-heróis.
Por Ronaldo Barata*
“En la lucha de clases
todas las armas son buenas
piedras
noches
poemas” (Leminski).
Os versos de Paulo Leminksi vêm certeiros neste cenário nebuloso onde o que se destaca são os ataques contra os direitos conquistados, a censura ao pensamento crítico e a desvalorização das artes. “A literatura e a arte devem suscitar a esperança”, é o que defende o vencedor do Prêmio Jabuti de poesia deste ano, Maílson Furtado Viana, autor da obra “à cidade”.
Por Mariana Serafini
Em uma reunião com um grupo de editores, há alguns meses, Sérgio Herz, dono da Livraria Cultura, explicava os problemas de atraso nos pagamentos a alguns dos empresários e tentava ganhar tempo.
Por Jotabê Medeiros
Os europeus nunca tinham ouvido nada parecido. O Jazz foi uma das grandes novidades, e a mais cativante, que acompanharam a entrada dos norte-americanos ao velho continente, durante a Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918.
Quem viu Amarcord, de Fellini? Eu assisti mais de dez vezes. Não há uma única cena do filme que eu não aprecie. Gosto da música de Nino Rota, de Gradisca, Volpina, do maluco tio Teo, do pavão do Conde, da cena final com o casamento e um acordeom tocando nostálgico… Amo Fellini e queria ter assinado a direção de todos os filmes que ele realizou. Todos, não. Julieta dos Espíritos é muito chato.
Por Ronaldo Correia de Brito*
Milton Hatoum se tornou nesta quinta-feira (8) o terceiro escritor brasileiro a ser contemplado com o prêmio Roger Caillois pelo conjunto de sua obra. A premiação, que é anual, celebra tradicionalmente um autor latino-americano e um de língua francesa.
"Depois das lágrimas, os nossos olhos estavam mais límpidos e tudo ganhou uma insuportável transparência, nos adveio uma dolorosa lucidez. Sim, este é o País em que vivemos, em seu feitio mais brutal, violento, racista e autoritário. Sim, muitos colaboraram com a ascensão do fascismo, mas não todos. Como pode parte do povo brasileiro marchar de forma tão cega para o matadouro, arrastando consigo a outra parte? Como pode, de forma tão servil, renegar a liberdade?”
Rosemberg Cariry*
O superministro de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, anunciou que pretende remanejar recursos destinados ao Sistema S de forma a não financiar mais atividades culturais, apenas a formação técnica de profissionais. Para o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos Miranda, esta visão é “obscurantista” e será um “prejuízo incalculável para o país”.