Quando leu Grande Sertão: Veredas, Manuel Bandeira escreveu a João Guimarães Rosa. Disse que o livro não precisava ser todo escrito “num rojão só”, sem interrupções. Também deixou uma desconfiança inicial quanto à fama de haver ali uma língua nova, já que ele, Bandeira, declara não gostar de “língua inventada”. Mas se surpreende: “Vai-se ver, não é língua nova nenhuma a do Riobaldo. Difícil é, às vezes. Quanta palavra do sertão!”.
Imagine que você é criança e tem o imenso desafio de preparar uma apresentação em grupo sobre um grande escritor brasileiro para apresentar em sala. Trabalho para mais de metro, sabemos bem. A questão é que a criança desta história é prima de Guimarães Rosa, Lenice, que não pensou duas vezes para pedir ajuda ao diplomata considerado um dos maiores escritores do século 20. Quem se importa? É primo, oras!
Meio avesso à prosa com os jornalistas (e ele bem sabia os porquês), Guimarães Rosa quase não aceitou ser entrevistado ao longo da vida. Mas, certa vez decidiu dar atenção a um sujeito, o tal crítico literário Gunter Lorenz, e esta é considerada a melhor entrevista do nosso mestre das palavras.
Considerada uma das bandas mais importantes do cenário musical e político da atualidade, o Pearl Jam criticou abertamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em apresentação na última terça-feira (19). O alvo do protesto foi a agressiva política de imigração que trancafiou crianças em gaiolas, separando-as de seus pais, na fronteira com o México. Encontramos outras histórias interessantes sobre o ativismo inquieto do quinteto de Seattle. Leia em alto e bom som.
Por Iberê Lopes*
Nascido no coração do Ocidente, o marxismo se disseminou, com a Revolução de Outubro, por todos os cantos do mundo, desenvolvendo-se de maneiras diferentes e contrastantes, de acordo com o contexto histórico, social e econômico. À diferença do oriental, o marxismo ocidental perdeu o vínculo com a revolução anticolonialista mundial – ponto de virada decisivo do século 20 – e acabou sofrendo um colapso.
Na última terça-feira (19), a Escola Técnica Estadual Professor Lucilo Ávila Pessoa, no Recife (Pernambuco), foi palco de literatura e coco de roda com a presença do escritor Adalberto Monteiro e da mestra da cultura popular Dona Glorinha do Coco.
O Clube da Esquina, movimento musical de incrível referencial estético composto por músicos internacionalmente reconhecidos pela qualidade e versatilidade, ao passo que se referia à amizade e esperança em tom poético, apresentava uma visão crítica e reflexiva da conjuntura repressiva da década de 70 desafiando os limites do tempo e espaço
"Junho de 2013 sacudiu e incendiou o país de forma inédita, espontânea e surpreendente. É um movimento extremamente complexo, multifacetado, silenciado e mal compreendido até hoje”, diz jornalista Tiana Maciel Ellwanger.
O premiado autor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa escreve livros que mais poderiam ser socos no estômago, daqueles que merecem o aviso: se prepara, porque vai doer.
Por Clarissa Wolff
“A luta por direitos humanos abrange a luta por um estado de coisas em que todos possam ter acesso aos diferentes níveis da cultura”, escreveu, em 1988, o crítico literário, sociólogo e professor Antonio Candido (1918 – 2017).
Por Helô D’Angelo
O Brasil pós-golpe de 2016 é o foco da 4ª edição do Salão do Livro Político. Crise, eleições, cenário econômico, censura e ciências, fake news e os 30 anos da Constituição de 1988 versus o atual protagonismo do Poder Judiciário são alguns dos assuntos do evento que acontece na PUC-SP entre os dias 18 e 21 deste mês.