Há poucos dias no poder, o governo interino Temer já vem causado um impacto com suas medidas negativas, ferindo o acesso às políticas sociais e à liberdade de expressão. Nesta terça-feira (17), Temer decidiu exonerar o recém-empossado presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo, esse que foi eleito dentro das normas legais e estatutárias, para indicar alguém ligado ao seu grupo político, desvirtuando, dessa forma, o papel da comunicação pública e apartidária.
A jornalista Tereza Cruvinel, colunista do Brasil 247, publicou uma carta a Michel Temer, em que ela fala da autoritária e controvérsia atitude dele que "em arrepio da lei que ajudou a aprovar", exonera por decreto o atual diretor-presidente da EBC, Ricardo Melo.
Contrariando a lei que garante a prerrogativa da preservação da independência da comunicação, o governo ilegítimo de Michel Temer exonerou nesta terça-feira (17) o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo de Melo. A informação foi publicada nesta manhã no Diário Oficial da União.
Formado por membros do governo, do Legislativo e da sociedade civil, o Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) divulgou uma nota em que rechaça a possibilidade de mudança na presidência da empresa. De acordo com o órgão, não há amparo legal para “substituições extemporâneas”, o diretor-presidente Ricardo Melo possui mandato garantido pela lei e, por isso, “não pode ser destituído” pelo presidente da República, Michel Temer.
Após adotar uma cobertura factual durante a votação do Senado sobre o início do processo de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, a imprensa internacional faz críticas ao governo golpista de Michel Temer. A revista britânica The Economist afirmou, em sua nova edição, que o apelo de Temer em favor de reformas econômica no país pode se transformar em uma "luta difícil".
O estrategista digital Fred Perillo afirmou que os parlamentares devem investir na criação de vídeos para ter sucesso na campanha política. Ao participar da palestra sobre “Como não perder uma eleição na internet”, na Câmara dos Deputados, no início do mês, Perillo afirmou que “os vídeos dão engajamento, e, muitas vezes, credibilidade. Não precisa de uma produção muito grande, apenas o celular e uma boa internet. É uma forma de o candidato interagir e responder os eleitores”, explicou.
Não é de hoje que a mídia chamada “golpista” por uns, “reacionária” por outros e “incompetente” para muitos utiliza imagens depreciativas da presidente Dilma Rousseff, revelando que, para além de todos os adjetivos antes elencados, configura-se mais do que nunca como misógina.
Por Jeana Laura da Cunha Santos*
A editora Abril demitiu nesta quinta-feira (12) o editor Gil Felisberto que fez críticas, nas redes sociais, a um post em que a esposa do presidente da empresa, Walter Longo, criticava nordestinos a atribuía à região eventual fracasso no impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A coordenadora geral do Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli teceu considerações, nesta quinta-feira (12), sobre o novo ministério do governo ilegítimo de Michel Temer. Para Renata, fundir o ministério da Comunicação com o de Ciência, Tecnologia e Inovação revela “o tratamento comercial e mercadológico” que Temer terá com o setor, “afastando qualquer compromisso com o debate do direito à comunicação e o desenvolvimento de políticas públicas” para a área.
Cristina Partel, esposa do novo presidente do Grupo Abril, Walter Longo, mostrou sua opinião sobre os nordestinos nas redes sociais. “O Nordeste colocou Dilma no planalto, agora um nordestino não quer deixá-la sair. Depois dizem que somos preconceituosos. Será mesmo?”, questionou.
A anulação pelo vice-presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff revoltou o partido da imprensa golpista (PIG). A decisão aconteceu nesta segunda-feira (9) e logo foi rejeitada, através dos apresentadores, comentaristas, colunistas, articulistas e blogueiros, dos veículos pertencentes à meia-dúzia de famílias que detêm a monopólio da comunicação e da opinião no Brasil.
Por Railídia Carvalho
A 6ª edição do Ciclo de Debates: Que Brasil é Este?, que ocorrerá nesta segunda-feira (9), a partir das 19 horas, discutirá o tema: a mídia e a subjetividade dos brasileiros. O debate ocorrerá na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), no centro da capital paulista.