Em mais de 150 países começa nesta segunda-feira (25) a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. No Brasil o início de dá mais cedo por causa do Dia da Consciência Negra (20 de novembro) totalizando 21 dias de mobilizações e manifestações para chamar atenção da sociedade para o fato de o país ser o quinto país que mais mata mulheres no mundo, desde 2003.
Por Marcos Aurélio Ruy*
No país da ascensão da ultradireita, cujos políticos contestam dados que escancaram a desigualdade racial, os dados retratam a maior taxa de analfabetismo, os menores salários e a maioria das mortes violentas entre pretos e pardos
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) que representa trabalhadores do petróleo de todo o país, em comunicado à imprensa, anuncia greve que se realizará da próxima segunda-feira (25) até a sexta-feira (29). Segundo a FUP, o intuito é alertar a sociedade das demissões e transferências em massa que vêm sendo promovidas pela atual gestão da Petrobras, que estão comprometendo a segurança de seus trabalhadores e da população em geral.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão repudiou as acusações do Ministro da Educação Abraham Weintraub contra as universidades federais e também contra a maior entidade estudantil brasileira. Para ele, o ministro “desmerece todos os estudantes e professores brasileiros” fazendo acusações falsas. E afirma que Weintraub deverá responder na Justiça "contra mentiras e acusações desmedidas".
Além do nível de desocupação maior, aqueles que conseguem uma vaga de emprego trabalham mais e recebem menos. A distância entre brancos e negros passa também pela escolaridade e por postos de trabalho ocupados – que influenciam, por exemplo, a mobilidade para cargos de chefia, liderança ou comando.
Em entrevista a Santa Irene Lopes, a presidenta nacional da União dos Negros pela Igualdade Racial, Ângela Guimarães, conclamou população negra e não negra para a luta. Segundo Ângela, “o racismo não acaba com a abolição formal da escravidão, em 13 de maio de 1888. O racismo é uma marca constitutiva da formação histórica, social, econômica e cultural do Brasil”. Confira trechos da entrevista.
A história nos mostra que a formação do povo brasileiro foi conflituosa, dolorosa e violenta, tendo o jugo da escravidão como seu elemento organizador. Destino principal do tráfico negreiro, nosso país recebeu cerca de 5 milhões de africanos para trabalhos forçados. Sem exagero, é possível afirmar que a escravidão foi a base do conjunto da atividade econômica brasileira por mais de 300 anos.
Por Orlando Silva*
Centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de oposição apresentaram ontem (18) propostas para se contrapor à política do governo, que segundo eles vai na contramão do necessário para fazer o país voltar ao caminho do crescimento com redução da desigualdade. O foco é o Congresso Nacional: é ali, avaliam, que os projetos têm avançado e continuarão sendo aprovados, se não houver reação na rua e articulação política, com maior quantidade de forças – talvez além da esquerda tradicional.
O escravismo no Brasil e o colonialismo na África usaram, como estratégia de dominação, fragmentar as populações negras, tanto por etnias e linhagens quanto por categorias sociais. “Dividir para dominar” era a regra. Que, embora verbalizada no sentido contrário, ecoou na atualidade brasileira em setembro último, quando o titular do Ministério da Educação afirmou que no Brasil “não existe povo negro”, e sim “brasileiros de pele escura”.
Por Nei Lopes*
Nove centrais sindicais brasileiras lançaram uma nota conjunta para denunciar o nefasto “Plano Mais Brasil”, concebido ao gosto dos empresários pelo ministro Paulo Guedes (Economia) e lançado nesta semana pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Segundo entidades como CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical e CGTB, o novo pacote tem medidas que “trarão mais desemprego e prejuízo aos pobres”.
Em pleno período de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), emerge mais uma vez o debate sobre a formação nesse nível da educação básica, seus propósitos, e como ele é alvo de uma disputa que não diz respeito somente ao âmbito educacional em sentido estrito, mas ao presente/futuro das relações de trabalho e à própria configuração de sociedade que se almeja.
Por João Batista da Silveira*
Milhares de brasileiras e brasileiros foram às ruas nesta terça-feira (5) para se manifestarem pela democracia, contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL) e por respostas no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco. Os atos foram convocados por movimentos populares, partidos de oposição e frentes de esquerda como a Povo Sem Medo e a Brasil Popular – com o lema “Por justiça para Marielle, por democracia e por direitos, Basta de Bolsonaro!” – e ocorreram em diversas cidades do País.