Drapetomania é o nome com que, há 150 anos, a psiquiatria classificava a doença mental que predispunha os escravos dos EUA para “a estranha tendência para fugir dos seus senhores”. Longe de ser uma extravagância perdida nos bricabraques da história, eis um exemplo de como a ciência serve sempre interesses de classe. E se o embuste se nos afigura óbvio é pelo efeito de afastamento da escala cronológica. Por António Santos
Para Álvaro García Linera, 56, vice-presidente da Bolívia desde 2006, os novos projetos neoliberais, “que surgiram para supostamente derrotar a ‘onda vermelha’”, não oferecem horizonte real pois “são projetos de vingança”. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ensaísta, sociólogo e matemático, que concorre junto a Evo Morales pela quarta vez, refere-se aos atuais governos de Brasil e Argentina.
Na raiz da articulação internacional da extrema-direita, de que o bolsonarismo é um subproduto, está a desconstrução das sociedades-nacionais, com suas instituições e projetos de desenvolvimento.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria na Câmara, rebateu questão de ordem da líder do governo no Congresso, Joice Hasselman (PSL-SP), contra a criação da CPI da Vaza Jato. A comissão foi proposta para apurar condutas ilegais do ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato reveladas nos vazamentos de diálogos entre eles pelo The Intercept Brasil.
A rede de desinformação que espalhou notícias falsas (fake news) e deturpadas pró-Bolsonaro pelo aplicativo WhatsApp durante as eleições do ano passado, com o uso de robôs e disparo em massa de mensagens, continua ativa até hoje. Dados obtidos pelo portal UOL apontam que 80% das contas no aplicativo de mensagens estavam em funcionamento no início da semana.
O premiê de Israel Benjamin Netanyahu debate-se com seu mau resultado nas eleições desta terça-feira (17). Com estridentes promessas de anexação do território palestino e prolongado caso de corrupção coroando a campanha, para formar governo após o fracasso, Netanyahu pode afundar ainda mais à extrema-direita. Por Moara Crivelente *
Fundado em 21 de setembro de 1934, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) comemora 85 anos neste sábado (21). Para o presidente da entidade, Murilo Pinheiro, o balanço do longo período é extremamente positivo. “O SEESP tem presença relevante na história do estado de São Paulo e do País neste tempo todo em que foi se estruturando, fortalecendo-se e crescendo, tornando-se uma entidade à altura da importância da categoria que representa”, enfatiza.
A pretensão do governo Bolsonaro de suspender a indexação do salário mínimo e retirar do texto constitucional a obrigatoriedade de o valor do salário mínimo ser corrigido pela variação da inflação pode levar à extinção mais essa conquista dos trabalhadores.
Lideranças da oposição na Câmara dos Deputados exigiram do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a imediata instalação da CPI da Vaza Jato para investigar denúncias de irregularidades cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato. Apesar das 175 assinaturas (quatro a mais do que necessário) no requerimento de criação, até o momento o colegiado não foi instalado.
O Brasil cumpriu apenas uma das 163 recomendações realizadas pelos governos estrangeiros na ONU em relação a suas políticas de direitos humanos, incluindo áreas como violência policial, saúde, meio ambiente e educação. A constatação faz parte de um levantamento publicado por cerca de 25 ONGs e entidades que, ao longo de anos, acompanharam o comportamento de diferentes governos brasileiros.
Por Jamil Chade
Ivana Taís tem 21 anos, duas filhas e ensino médio incompleto. Deixou o Maranhão há três meses porque trabalhava numa padaria das 7h às 19h para ganhar R$ 300 por mês. Na segunda-feira, chegou às 23h no mutirão do emprego promovido pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
Por Maria Cristina Fernandes*
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) editou a medida provisória 895/2019, que cria uma carteira estudantil emitida pelo MEC, obrigando estudantes e entidades a compartilharem dados com o poder público. O ato não visa facilitar a vida do usuário ou aprimorar a meia-entrada: pretende retaliar e perseguir as entidades estudantis, como foi dito pelo presidente. Elas organizaram as maiores manifestações contra a tragédia das políticas educacionais e os cortes na educação e na ciência.
Por Iago Montalvão*