Partido Comunista, sindicato de jornalistas, ministro da Defesa e entidades antifascistas se manifestaram.
Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, o ex-ministro da Fazenda no governo Dilma, Nelson Barbosa, avalia que os próximos meses do governo Bolsonaro serão marcados por "uma bolha no mercado e uma fogueira política para queimar a oposição no debate público"
Medida Provisória 870 coloca organizações da sociedade civil sob controle – e vigilância – da Secretaria de Governo e contraria a Constituição, que prevê liberdade de associação dos cidadãos. Para a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) trata-se de um ataque à democracia. A entidade entrou com ações para reverter o texto da MP.
Em artigo publicado no site Brasil247, o jornalista Mario Vitor Santos, ex-ombudsmann da Folha de S. Paulo, avalia que "Bolsonaro já não detém o poder; só ainda não sabe". "O país tem um presidente que já não governa, não sabe do que fala e é a toda hora desmentido por ministros, militares e civis, assessores e auxiliares", afirma Santos.
Ataques aos direitos trabalhistas e sindicais prosseguem a todo vapor.
O Granma apresenta, em uma breve sequência, as questões defendidas no Conselho de Ministros que encerrou o ano 2018, e continuarão marcando o trabalho do governo, pela importância que têm na agenda de um país que cresceu em mais de 60 anos da Revolução.
A agenda neoliberal de privatizações e ataque aos direitos trabalhistas é amplamente rejeitada pela população; é o que indica pesquisa do instituto Datafolha; segundo o levantamento, 60% são contra vender estatais, e 57%, contra a redução da CLT; nos últimos dias, evidenciou-se que as privatizações são alvo de controvérsia no seio do próprio governo Bolsonaro.
Grupos de direita dos Estados Unidos tentaram macular a imagem da deputada Ocasio-Cortez divulgando um vídeo gravado há 8 anos que mostra a jovem parlamentar de origem porto-riquenha dançando junto com colegas da universidade. O vídeo acabou viralizando mas não como algo negativo, e sim para engrandecer ainda mais a imagem de Cortez. No Brasil, a direita tentou fazer algo parecido com Manuela D'Ávila, mas também aqui o tiro saiu pela culatra.
Ignorando os apelos do interventor federal no Rio, general Braga Netto, o governador Wilson Witzel acabou com a Secretaria de Segurança Pública e instalou em seu lugar um Conselho em cuja composição estarão juízes e membros do Ministério Público, algo que é claramente vetado pela Constituição.
A visita de Benjamin Netanyahu para a posse de Jair Bolsonaro serviu aos propósitos do premiê de Israel. Netanyahu busca legitimidade e apoio internacional e foi recebido com pompa num país estratégico como o Brasil. Investigações de corrupção, a instabilidade do seu governo ou a ocupação militar da Palestina parecem detalhes. Em conversa, a parlamentar Aida Touma-Sliman fala do cenário em Israel contextualizando o protagonista da aliança zelada por Bolsonaro.
Por trás de slogans como o de que a bandeira brasileira jamais será vermelho está a ideologia da estupidez, da violência e da ignorância histórica.
Por Osvaldo Bertolino
Desaceleração prevista para economia dos EUA em 2019, com aumento de incerteza política.