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Música e resistência contra o golpe

Há menos de 15 dias, brasileiros foram às ruas em defesa da democracia de Norte a Sul. Desde então a disputa política ficou ainda mais acirrada, em contrapartida, a mobilização popular também. Nesta quinta-feira (31) haverá uma nova manifestação contra o golpe em curso no país, mas desta vez o sentimento de defender a nossa democracia, conquistada a duras penas, ultrapassou, e muito, nossas fronteiras.  

Por Mariana Serafini

Música de resistência - Vermelho

Às vésperas da manifestação, o Vermelho recebeu centenas de mensagens de pessoas que queriam divulgar as manifestações no lugar onde vivem. Da Argentina à Escandinávia, a palavra de ordem é apenas uma: “golpe nunca mais”. A sensação que se tem é de que onde há um coração movido por justiça e amor, há resistência e solidariedade à luta do povo brasileiro.

Sabemos que o centro é a luta política, mas a cultura sempre teve a capacidade de mobilizar, comover e impulsionar processos de resistência em diversos períodos da história, não só no Brasil. Sendo assim, selecionamos uma série de músicas de bandas contemporâneas que cantam a resistência e o amor.

Entre os artistas escolhidos estão a rapper franco-chilena Ana Tijoux que canta a resistência “dos povos do sul”, a cultura indígena dos Mapuche e a liberdade das mulheres. Ainda no Hip Hop, a palestina Shadia Mansour, primeira rapper árabe que traz em suas canções a luta por justiça e liberdade do povo árabe-palestino e o significado da cultura de seu povo.

De volta à América Latina, o grupo de reggaeton porto-riquenho Calle 13, responsável por despertar em muitos jovens latino-americanos o sentimento de unidade e integração. Nesta seleção, há canções de Visitante e Residente em parceria com a brasileira Maria Rita, o cubano Silvio Rodríguez, com a cantora árabe Kamilya Jubran, o guitarrista norte-americano Tom Morello e o ciberativista Julian Assange.

Ouça as músicas:

Ana Tijoux com Shadia Mansour


Shadia Mansour
 

Calle 13