Os trabalhadores em greve na cidade sul-africana de Marikana entraram em acordo nesta terça-feira (18/09) com a companhia de mineração Lomnin, colocando fim a mais de cinco semanas de protestos, que terminaram levando à morte de pelo menos 45 pessoas.
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, defendeu nesta segunda (17) uma intervenção policial para "estabilizar a situação" em Marikana, no Noroeste do país, onde, no mês passado, 34 mineiros morreram justamente durante um confronto policial.
O presidente sul-africano, Jacob Zuma, é esperado na terça-feira (18) em Bruxelas para uma visita de trabalho durante a qual ele participará numa cúpula bilateral entre a União Europeia (UE)-África do Sul, relatou a agência de notícias africana Pan African News Agency (Pana).
As tensões na África do Sul se ampliaram, nesta quarta (12), após um cadáver ter sido encontrado nas imediaciones da mina de Marikana, cenário nos últimos días de violentos atos e de um massacre, que deixararam um saldo de 44 mortos.
Duas semanas depois que a polícia sul-africana abriu fogo contra 3 mil mineiros em greve, matando 34 e ferindo 78 trabalhadores em um dos piores episódios de violência desde o fim do apartheid, os promotores do país acusaram os próprios grevistas pelo assassinato de seus colegas, em vez das forças policiais.
Os trágicos acontecimentos na mina de Marikana, na África do Sul, que resultaram na morte de dezenas de mineiros, sindicalistas e polícias, são graves e têm uma indiscutível importância política. Por aquilo que representam objetivamente, mas também pela carga simbólica e política que adquirem num país marcado historicamente pela violência do apartheid.
Por Ângelo Alves*, no jornal Avante!
Como entender o que se passou na mina de platina de Marikana, na África do Sul, onde a violência, nomeadamente das forças policiais, causou dezenas de mortos e feridos? A união sindical Cosatu e o Partido Comunista Sul-africano, aliados do ANC (agora no poder) desde os tempos da luta contra o apartheid, apontam como principais causas as condições de miséria dos trabalhadores explorados por empresas que obtêm lucros fabulosos com a riqueza mineira.
Por Carlos Lopes Pereira*
Uma comissão interministerial de inquérito, nomeada pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, vai investigar o episódio que resultou em 34 mortes de trabalhadores da mina de platina de Marikana, no Noroeste do país, no último dia 15. Inicialmente, o governo chegou a anunciar 36 mortes. A comissão será presidida pelo ministro da Presidência [o equivalente à Casa Civil], Collins Chabane, e é formada por mais 11 ministros.
Pelo menos 36 pessoas morreram em decorrência de um confronto entre mineiros e policiais, no Noroeste da África do Sul, na região de Marikana. Há informações que a polícia atirou contra os trabalhadores, que reivindicavam aumentos salariais. Anteriormente, dez pessoas, inclusive policiais, foram mortos também durante protestos.
Um monumento dedicado a Nelson Mandela foi inaugurado neste sábado (4) em Howick, perto de Durban, Leste da África do Sul, em cerimônia que teve a presença do presidente Jacob Zuma. O monumento fica no local onde Mandela foi detido há 50 anos, quando lutava clandestinamente contra o apartheid, política de segregação racial que vigorou na África do Sul de 1944 até 1990.
O presidente chinês, Hu Jintao, recebeu nesta quarta-feira (18) o presidente da África do Sul, Jacob Zuma. No encontro, Hu afirmou que a China presta atenção às preocupações e interesses africanos e trabalha no sentido de reforçar a união sino-africana.
Símbolo da paz na África e exemplo para os líderes políticos, Nelson Mandela completa nesta quarta (18) 94 anos. Mandela, ex-presidente da África do Sul (1994-1999) e Prêmio Nobel da Paz em 1993, é chamado também de Pai da Pátria no seu país. Por 28 anos, ele ficou preso devido às suas ações de resistência ao regime de segregação racial no país. Com limitações físicas devido à idade, Mandela tem aparecido pouco em público.