A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida está recebendo, até o dia 17 de setembro, doações para a produção de materiais de divulgação sobre os riscos do uso de agrotóxicos. As contribuições financeiras podem ser feitas através do site Catarse.
Alguns registros sobre a redução do número de abelhas em várias partes do país, em decorrência de quatro tipos de agrotóxico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na agropecuária brasileira, principalmente para as culturas de algodão, soja e trigo.
Mesmo na ausência de levantamentos oficiais, alguns registros sobre a redução do número de abelhas em várias partes do país, em decorrência de quatro tipos de agrotóxico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na agropecuária brasileira, principalmente para as culturas de algodão, soja e trigo.
Com a hegemonia do modo de vida urbano-industrial, cada vez menos comemos conscientes de que estamos ingerindo porções do planeta, frutos de delicadas e complexas inter-relações entre os nutrientes do solo, os mistérios das sementes, as nuvens e a chuva, o trabalho humano e a cultura dos agricultores. Que alimentos são estes, que passam a fazer parte do nosso corpo?
Por Raquel Rigotto, Fernando Carneiro e Anelise Rizzolo**, na Caros Amigos
Durante muito tempo, uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e cereais era garantia de saúde porque suas vitaminas, minerais, fibras e proteínas são essenciais para o bom funcionamento do organismo. Mas essa opção já não é mais sempre tão saudável.
É um passo adiante no reconhecimento das doenças ocupacionais dos agricultores. Na segunda-feira, 07 de maio, entrou em vigor na França um decreto que reconhece o Mal de Parkinson como doença ocupacional e estabelece explicitamente um nexo de causalidade entre a doença – segunda maior doença neurodegenerativa no país depois do Alzheimer – e a utilização de pesticidas.
Dois estudos lançados recentemente associam o uso de agrotóxicos ao surgimento do câncer na população brasileira. O dossiê feito pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco) sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde aponta que um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado.
O agricultor francês, Paul François levou a gigante franco-americana, Monsanto — empresa multinacional de agricultura e biotecnologia — aos tribunais depois de a inalação dos gases procedentes do pesticida “Lasso” o ter deixado temporariamente em coma. Além disso, provocaram problemas neurológicos e amnésia.
Acontece nesse sábado (14), em São Paulo, o primeiro seminário paulista para discutir a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, no Parque da Água Branca, situado na Avenida Francisco Matarazzo, número 455, das 13h30 às 18h30.
Organizações sociais de atuação internacional, como a Via Campesina, divulgaram relatório que sinaliza uma crescente resistência aos agrotóxicos e alimentos transgênicos nos mais variados países. A Monsanto é a principal empresa de biotecnologia apontada como adversária dos agricultores que têm preferência pela produção agroecológica.
O 'biopesticida' da Monsanto conhecido como Bt não está apenas desenvolvendo insetos mutantes e exigindo o uso excessivo de pesticidas, mas novas descobertas revelaram que o agrotóxico também está matando células do rim humano – mesmo em dosagens baixas.
O uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras, como forma de elevar a produtividade no campo, foi criticado pelo coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, que participou de aula inaugural da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).