O professor Márcio Pochmann, do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, ambos da Universidade Estadual de Campinas, afirma que, "no governo Temer, o Brasil voltou ao seu 'normal histórico', com os ricos se tornando mais ricos, os pobres, cada vez mais pobres, e a destruição da própria classe média assalariada".
A extinção do Fundo Soberano, anunciada nesta terça-feira (22) pelo governo Temer, é um grave retrocesso para o povo brasileiro e deixa o País e o povo vulneráveis a crises econômicas internacionais ou ataques especulativos de investidores ou outros países contra o Brasil. A avaliação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE).
A fragilização dos serviços públicos, decorrente dos cortes de gastos, é a fragilização da participação das mulheres na política pública, onde atuam em especial no campo social. E uma sobrecarga ainda maior na sua vida doméstica.
Por Ana Luíza Matos de Oliveira*, Ana Paula Guidolin** e Pedro Rossi***
Para tornar sustentável o congelamento de 20 anos, o novo governo poderá tentar uma reforma da Previdência especialmente draconiana e seguir com propostas de plano de saúde “popular” ou de um sistema que atenda a apenas 50% da população.
Por Emilio Chernavsky*
O investimento público no Brasil despencou em 2017 e chegou ao menor nível em 50 anos, 1,17% do Produto Interno Bruto (PIB) – reflexo de uma estratégia de redução do tamanho do Estado e ajuste fiscal apenas pelo lado da despesa. Os valores aplicados não são mais suficientes nem mesmo para garantir a conservação das estradas, prédios e maquinários do poder público. Para o economista Sérgio Gobetti, em momento de recessão, o corte foi indevido e pode atrasar ainda mais a recuperação.
Os cortes no Orçamento realizados desde 2015, mas muito aprofundados na gestão Michel Temer, atingiram em especial as mulheres. Em condição de maior vulnerabilidade que os homens, elas são as mais afetadas com a redução de verbas para políticas públicas em qualquer área. Além disso, as ações específicas para a promoção da autonomia e o combate à violência contra a mulher foram praticamente aniquiladas. De 2014 para 2017, a tesoura da austeridade retirou 62,87% dos recursos destinos a elas.
Um levantamento realizado pela Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado Federal, aponta que o rombo nas contas públicas em 2018 ficará acima dos R$ 159 bilhões previstos pelo governo e que novos cortes no Orçamento poderão acontecer, para cumprir a meta fiscal prevista.
Nesta hora de tantas previsões sobre 2018, uma coisa é certa: Temer e Meirelles vão impor novos sacrifícios à população, pela razão elementar de que não fizeram ajuste fiscal algum ao longo de 2017.
Por Tereza Cruvinel*, no Brasil 247
Aprovação de leis polêmicas de interesse dos ruralistas, extinção de órgãos como o MDA e a Ouvidoria Agrária e a redução drástica do orçamento de programas vitais como o PAA mostram que o governo decidiu estrangular a agricultura familiar, setor que põe comida na mesa do brasileiro.
Por Paula Quental
Os deputados da chamada base aliada agradecem, mas esperam um esclarecimento do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Peça chave na política de austeridade em curso, a nova regra fiscal implementada por Michel Temer completa um ano nesta sexta (15), com impactos perversos para a população mais vulnerável e sem cumprir sua promessa de equilibrar as contas públicas e ativar a economia. O ajuste fiscal, levado ao extremo na atual gestão, tem significado cortes severos no orçamento de programas sociais, o que coloca em risco direitos básicos e contribui para exacerbar desigualdades no país.
Por Joana Rozowykwiat
Preocupado com os cortes no Orçamento, senador aponta que saída seria usar R$ 1,6 bilhão do fundo de reserva de contingência para reforçar recursos para o setor. “Se não fizermos isso, as usinas nucleares vão parar em 2018”, adverte