A presidente argentina, Cristina Kirchner, se emocionou, nesta terça-feira, durante seu primeiro discurso público desde a morte do marido e ex-presidente, Néstor Kirchner, há uma semana. Em um evento em Córdoba, ela se comprometeu a aprofundar o modelo econômico implementado no governo do marido (2003-2007) e chorou ao citá-lo.
O escritor uruguaio Eduardo Galeano teceu elogios e afirmou que o falecido ex-presidente "Néstor Kirchner será um fogo difícil de apagar", durante uma palestra que ministrou em San Miguel de Tucumán, na província argentina de Tucumán.
O ministro de Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, afirmou nesta quinta-feira (28), que a presidente do país, Cristina Kirchner, tentará se reeleger, apesar de estar bastante abalada com a morte de seu marido e ex-mandatário Néstor Kirchner. A declaração ajuda a frear especulações sobre o futuro político da nação, que tem eleições presidenciais no próximo ano.
Presidentes sul-americanos participaram na noite de quinta-feira das homenagens ao ex-presidente argentino Néstor Kirchner, que faleceu na quarta (27), aos 60 anos, de ataque cardíaco. "Kirchner era para mim mais que um presidente, era um companheiro, e comigo ajudou a construir a América do Sul e a América Latina que temos hoje", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em breve discurso no aeroporto, antes de voltar ao Brasil.
É indiscutível que a inesperada e prematura morte de Néstor Kirchner terá um impacto enorme na vida política argentina. Resumidamente, pode-se dizer, em primeiro lugar, que, com ele, desaparece, o político mais influente da Argentina, o que marcava a agenda de discussão pública e o ritmo da vida política nacional.
Por Atílio Borón*, em Cuba Debate
A morte de Néstor Kirchner levanta uma série de questões relevantes para a política da Argentina e do nosso continente. O ex-presidente, responsável pela impressionante recuperação argentina depois do fundo do poço do “corralito”, era cotado para ser o candidato a presidente do peronismo na sucessão de Cristina.
Por Rodrigo Vianna, em O Escrevinhador
Carregando velas, bandeiras e flores, milhares de argentinos fazem vigília nesta quinta-feira pelo ex-presidente e líder peronista Néstor Kirchner, morto ontem (27) aos 60 anos de parada cardiorrespiratória, cujo velório acontrece na Casa Rosada. Líderes sul-americanos começaram a chegar a Buenos Aires.
“Um dirigente nacional e internacional que acreditava no multilateralismo”, lembrou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. “Que grande perda sofre a Argentina e nossa América! Viva Kirchner para sempre!”, postou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no Twitter. “Foram notáveis seu papel na reconstrução econômica, social e política de seu país e seu empenho na luta comum na integração sul-americana”, destacou o presidente Lula.
Por André Cintra e Priscila Lobregatte
A candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse nesta quarta (27) que a morte do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner é uma perda para a América Latina. Segundo ela, Kirchner foi “um amigo” do Brasil. Dilma afirmou ainda que pretende telefonar nesta tarde para a viúva, a presidente argentina, Cristina Kirchner.
A morte do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, anunciada nesta quarta-feira (27), sucitou manifestações de pesar de diversos países. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, expressou "grande dor" e classificou como o falecimento como uma "enorme perda para o país e o continente".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou, nesta quarta (27), uma nota de pesar pelo falecimento do ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner, vítima de um infarto. Lula decretou luto oficial de três dias.
O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner (2003-2007) morreu nesta quarta-feira (27) em El Calafate, informam os jornais argentinos. Casado com a atual governante do país, Cristina Kirchner, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, com morte súbita, diz a imprensa local. Segundo um médico da equipe presidencial, que falou ao El Clarín, Néstor Kirchner ainda foi levado ao hospital da cidade, mas não foi possível reanimá-lo.