Em livro atualíssimo, o economista escocês Mark Blyth disseca a vasta operação ideológica feita para “mostrar” — contra todas as evidências, que a crise de 2008 seria superada por meio da redução dos direitos sociais.
Por Edemilson Paraná*, em Outras Palavras
Em livro, economista inglês desvenda mitos utilizados por governos para justificar cortes que afetam os mais pobres, deixando intocada a estrutura fiscal que privilegia os ricos.
O livro de Mark Blyth, recém-lançado no País, mostra que a austeridade não passa de um programa de distribuição de renda e riqueza ao contrário.
Por Pedro Rossi*
Milhões de pessoas estão sendo afetadas pela crise econômica. Desemprego, fome e cortes nas políticas públicas estão levando o país ao retrocesso. Tudo isso tem a ver com a política econômica de austeridade. Trata-se de uma estartégia que sacrifica mais quem mais precisa. Perde o trabalhador, ganham os bancos, o mercado financeiro e os grandes grupos econômicos. Ententa como isso acontece no vídeo abaixo. E veja que há alternativas. Não tem que ser assim.
Com a emenda do teto de gastos, o Brasil está submetido a uma drástica redução da participação do Estado na economia, representativa de outro projeto de país, que limita substancialmente os recursos públicos para garantia dos direitos sociais.
Por Ana Luíza Matos de Oliveira, Flávio Arantes e Pedro Rossi
“A austeridade foi um fracasso para Portugal, como também representou para todos os outros países em que se tentou esta mesma política.” Esta é a conclusão do prêmio Nobel em Economia Joseph Stiglitz, ao analisar o período em que Portugal aplicou ao “pé da letra” a cartilha da austeridade.
Oposição, parte do Governo e a opinião, que pela primeira vez exige mais gastos e mais impostos, pressionam May parar acabar com sete anos de cortes
Por Pablo Guimón
Na mesma linha que vimos em nota anterior, Alberto Alesina e Silvia Ardagna defendem, desde os anos 1990, que a austeridade fiscal gera crescimento econômico. Os autores revisam periodicamente seus trabalhos tanto para aumentar o número de casos analisados quanto para determinarem se é o corte de gastos ou o aumento da tributação que tem maior efeito no crescimento.
Doenças e óbitos crescem mais onde é maior o ataque às redes de proteção social dos indivíduos mais frágeis.
Por Carlos Drummond
Como já argumentamos na primeira nota da série, a defesa da austeridade fiscal como forma de crescimento econômico foi retomada por economistas afeitos ao liberalismo econômico, aproveitando a onda das ideias liberais difundidas nos anos 1990 a partir do Consenso de Washington.
A todo o momento ouvimos, no rádio, na TV, ou lemos nos jornais e revistas que o “governo gasta em excesso”, que as “contas públicas não são saudáveis” e que, por isso, é necessário “cortar gastos”, “apertar o cinto” e “equilibrar as contas públicas”. Só com esse ajuste nas contas do governo seria possível a economia “entrar nos trilhos” e retomar o crescimento.