O mercado já fez chegar aos seus cronistas que, se depois das previsões ruins para a economia mundial e piores para as brasileiras, o Banco Central não conceder um aumento generoso nas taxas de juros, isso terá sido porque o seu presidente, Alexandre Tombini, terá ‘cedido às pressões do petismo’.
Por Fernando Brito
Uma declaração do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nesta terça (19), sinaliza a possibilidade de o Copom não aumentar a taxa básica de juros ou ser mais gradual no aperto monetário.
No último Boletim Focus antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central pressionam por uma elevação de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros. A torcida do "mercado" por uma alta na Selic vai na contramão do que defendem representantes da indústria, dos trabalhadores e da academia – setores que não são ouvidos pelo Bacen.
A uma semana da reunião do Copom, que sinaliza um aumento da Selic, o professor de Economia da Unicamp Pedro Rossi avalia que uma decisão nesse sentido seria “temerária”. Em entrevista ao Vermelho, ele calcula que os juros, hoje, já consomem cerca de 10% da renda das famílias e 20% da arrecadação do governo. O professor alerta que subir a taxa de juros significará mais crise, mais desemprego e menos renda – um custo social elevado que o Bacen parece disposto a pagar.
Por Joana Rozowykwiat
O chamado mercado – o conjunto de vozes dissonantes, da maneira como é captado pela mídia – tem enorme dificuldade em admitir o óbvio.
Por Luis Nassif
O cenário está montado há vários meses. O calendário de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) para 2016 já havia sido publicado em comunicado do Banco Central de junho do ano passado. A próxima reunião do colegiado será realizada em 19 e 20 de janeiro. Como costuma acontecer, os resultados serão divulgados somente a partir das 20 horas, com o objetivo de impedir eventual manipulação de ganhos especulativos pelo mercado financeiro.
Por Paulo Kliass*
Parecer do Banco Central que aponta que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a mulher, Claudia Cruz, não declararam contas no exterior às autoridades brasileiras durante 14 anos pode reforçar os indícios levantados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para uma segunda denúncia contra o deputado ao STF.
Na quarta (25), o Copom manteve a Selic em 14,25%. A decisão não foi unânime. Dois membros defenderam elevação de 0,50 ponto percentual. Economistas avaliam que a divisão amplia as chances de o Banco Central retomar a trajetória de alta na próxima reunião, em janeiro – o que só traria mais danos a uma economia em crise. “Não vamos conseguir evitar que o país entre em recessão profunda se continuarmos fazendo coro com o rentismo”, alerta o sindicalista Adílson Araújo.
Por Joana Rozowykwiat
O Banco Central (BC) informou nesta quarta (25) que está monitorando o impacto da prisão do dono do banco BTG Pactual, André Esteves, no sistema financeiro.O banqueiro é investigado na Operação Lava Jato.
Um escândalo de proporções internacionais coloca frente a frente o CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico) e o Banco Central, em torno de um cartel internacional especializado em manipular cotações de moedas.
Por Luís Nassif
O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Altamir Lopes, avaliou, nesta quinta (05), que a inflação só deve voltar a alcançar o centro da meta de 4,5%, em 2017. De acordo com ele, o BC adotará as medidas necessárias para que isso aconteça. O diretor apresentou, em Brasília, o Boletim Regional, publicação trimestral do BC, com indicadores econômicos por regiões do país.
O recuo de 2,6% do dólar em outubro, a primeira queda depois de três meses seguidos de alta, deu um pequeno alívio às contas públicas. Nas três primeiras semanas deste mês, o Banco Central (BC) registrou ganhos de R$ 11,4 bilhões com as operações de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.