Além de frear o desenvolvimento econômico devido às altas taxas de juros cobradas, grandes bancos colaboram para o avanço do desemprego no país, mesmo registrando lucros bilionários
Por Tiago Pereira
"Agiotagem" promovida pelo setor financeiro faz com que as famílias se endividem de maneira quase irreversível. Com consumo comprometido, empresas reduzem a produção e desempregam, realimentando o ciclo.
“O que podemos fazer por você, hoje?”, o slogan do espanhol Santander nunca foi mais atual e comporta várias respostas. Uma delas seria reduzir juros no Brasil e moderar os lucros, que somaram no primeiro trimestre R$ 2,054 bilhões, crescendo 10,7% no primeiro trimestre, o que ampliou de 26% para 27% a fatia dos ganhos da filial brasileira no resultado global (2,054 bilhões de euros), a despeito da economia brasileira ter crescido praticamente zero no trimestre.
Por Gilberto Menezes Côrtes
A taxa média de empréstimos a pessoas físicas é de aproximadamente 57,7% ao ano. Uma situação que contribui para manter desigualdades devastadoras.
Por Claire Gatinois
Na semana passada, os bancos anunciaram mudanças no cheque especial, uma das linhas mais caras do mercado financeiro. A partir de 1.º de julho, as instituições entrarão em contato com os clientes que usarem mais de 15% do limite da conta por 30 dias consecutivos. Elas oferecerão um financiamento pessoal mais barato como alternativa. Ninguém será obrigado a aceitar a proposta e também não haverá penalidade para quem permanecer no vermelho.
A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça reduziu de R$ 160 milhões para R$160 mil o valor da causa de uma ação civil pública proposta contra o banco Itaú por oferecer de forma indiscriminada produtos como cheque especial e cartão de crédito e, assim, contribuir para situações de superendividamento em massa dos consumidores. A decisão ocorreu na terça-feira (10).
Enquanto, em 2017, o Brasil somava 12 milhões de desempregados, a maior parte das vagas criadas foram na informalidade, a fome voltou a assolar as famílias, a desigualdade aumentou e direitos e programas sociais foram cortados, um setor passou incólume pela crise. Os bancos – que não produzem riqueza e drenam recursos da economia real – registraram o maior lucro entre as empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores.
Grandes bancos pressionam para enfraquecer a previdência pública em todas as esferas. Em São Paulo, Doria tentou votar Sampaprev ainda antes do estudo ser divulgado.
Por Márcio Garoni
A partir deste sábado (24), boletos vencidos acima de R$ 800 poderão ser pagos em qualquer banco. A medida faz parte da nova plataforma de cobrança da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que começou a ser implementada em julho do ano passado.
O economista bufunfeiro é quase sempre um "cosmopolita", no pior sentido da palavra. Normalmente adestrado no exterior, sua ligação com o país é tênue e duvidosa.
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
Uma das maiores dificuldades para se transformar uma realidade portadora de injustiça e desigualdade é o seu processo de “naturalização” e sua aceitação de forma passiva por parte de setores expressivos da sociedade. Fenômeno semelhante tem ocorrido ao longo das últimas décadas com a tendência à financeirização em nossas terras.
Por Paulo Kliass*
Cansado de pagar juros mensais de 8,77% a 13,40% (174,34% a 352,12% ao ano) no cartão de crédito Itaú? Quer pagar bem menos? Que tal, 13,35% ao ano para um cartão da própria bandeira do Itaú, o maior banco privado da América Latina? Pois bem, a situação é muito fácil para quem mora nos estados fronteiriços ao Paraguai. Ou mesmo para qualquer brasileiro, que mora mais distante. Basta uma visita a Foz do Iguaçu.
Por Gilberto Menezes Côrtes