As vaias a Bolsonaro no Mineirão e no Maracanã e a desaprovação que o Datafolha revela são faces da mesma moeda de oposição ao presidente da República.
Por José Carlos Ruy
Numa manobra acintosa, o governo Bolsonaro anuncia que a proposta de “reforma” da Previdência Social vai a voto no plenário da Câmara dos Deputados no início da próxima semana. É uma tentativa de passar o rolo compressor sobre a resistência, impedindo uma maior mobilização popular e ampliação das articulações dos deputados de oposição. Bolsonaro e seus aliados querem aprovar essa maldade de afogadilho porque sabem que com mais debates suas chances reduzem drasticamente.
Ao fazer a esdrúxula defesa do trabalho infantil, Bolsonaro usou o próprio exemplo para dizer que “não foi prejudicado em nada" por ter colhido milho aos "nove, dez anos de idade" em uma fazenda de São Paulo. "O trabalho dignifica o homem e a mulher, não interessa a idade", afirmou.
Categorias da segurança pública se revoltaram contra o presidente Jair Bolsonaro e o PSL nesta 5ª feira (4) ao terem duas emendas rejeitadas pela comissão que analisa a reforma da Previdência. “Bolsonaro traidor” e “PSL traidor”, gritaram.
Em mais um ato de submissão ao governo de Donald Trump, Bolsonaro foi a Embaixada americana, em Brasília (DF), comemorar o 243º aniversário de independência dos Estados Unidos.
Após 20 anos de negociação, o Mercosul e a União Europeia anunciaram o fechamento de um acordo de livre-comércio. O pacto foi comemorado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), mas não há consenso entre especialistas sobre os efeitos positivos para o Brasil.
Tiago Angelo, do Brasil de Fato
A crise que hoje machuca a economia brasileira é, sobretudo, uma crise de inteligência estratégica. Bolsonaro, Paulo Guedes e seus "seguidores", dentro e fora do governo, se empenham na desconstrução do arcabouço institucional que sustentou o desenvolvimento do país ao longo de cinco décadas.
Opinião do Portal Vermelho
Diante do que esperavam os organizadores, fracassaram os atos em defesa do governo e da Lava-Jato. Foi o que se viu nas ruas do país neste domingo: mesmo com o reforço de grupos como o MBL e o Vem Pra Rua, as manifestações foram bem inferiores as de 26 de maio, que por sua vez já davam sinais de refluxo.
Números diminuíram, mas organizações mostraram força para mobilizar bolsão bolsonarista.
Há uma dimensão pouco examinada no avanço das lógicas neoliberais. Um sistema que estimula competição, disputa e rivalismo produzirá “líderes” brutais e sem empatia. Eleger gente generosa e sensível requer uma nova democracia.
Por George Monbiot*
No dia em que foram encontrados 39 quilos de cocaína à bordo do avião presidencial – um fato absolutamente grave e inédito, na história brasileira e mundial, blindado, até o momento, por manifestações evasivas e periféricas, o ministro Paulo Guedes diz com todas as letras que o “Congresso é uma fábrica de corrupção”.
Por Marco Antonio Campanella*