Com a sua criminalização da política e a sua satanização das esquerdas, a mídia monopolista ajudou a chocar o ovo da serpente fascista no Brasil – que desembocou, mesmo a contragosto, na vitória eleitoral do miliciano Jair Bolsonaro.
Por Altamiro Borges*
Após seu anunciado périplo por países de governos conservadores que o inspiram, talvez os únicos em que seria razoavelmente recebido (o Chile dos Chicago Boys, Israel de Netanyahu e os EUA de Trump), Bolsonaro pretende retornar ao Brasil com um “troféu” nas mãos: um “novo” Acordo de Alcântara.
Por Marcelo Zero
A ação do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais levou o ex-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT) a romper a trégua de 100 dias para que o governo apresentasse algum resultado.
Em nota divulgada nesta segunda (11), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiaram a atitude do presidente Bolsonaro em tentar intimidar a repórter Constança Rezende, do jornal O Estado de S.Paulo. Segundo as entidades, ele fez um ataque à imprensa valendo-se de informações falsas.
O líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (SP), disse nesta segunda (11) no Twitter que, ao atacar professores e o ambiente acadêmico, Bolsonaro quer intimidar e cercear a liberdade de cátedra.
Em vez de pedir desculpas a repórter Constança Rezende, que teve um áudio divulgado e mal interpretado dando conta de que ela pretendia “arruinar” o governo, Bolsonaro menosprezou as manifestações de solidariedade feitas para a jornalista nas redes sociais.
O Presidente Bolsonaro se propõe regenerar o Brasil e fazer com que a sociedade e o Estado brasileiro retornem à sua pureza original, deturpada que teria sido pelo socialismo, comunismo e petismo. Propõe a “Mudança”, um programa econômico Moderno (não detalhado), a luta contra a violência e a corrupção e agora uma luta ideológica, para extirpar o “marxismo-cultural”.
Por Samuel Pinheiro Guimarães*
Neste Dia Internacional da Mulher, a bancada feminina do PCdoB na Câmara dos Deputados participou de mobilizações em todo o país em favor da preservação e da ampliação de direitos das mulheres. As manifestações ganharam ainda mais força, tendo em vista as graves ameaças trazidas pelo governo de Jair Bolsonaro.
Por Marciele Brum
Ao completar míseros dois meses o governo de Jair Bolsonaro é uma usina infindável de crises, produzidas por ele próprio, por seus filhos ou pelo núcleo de ministros identificados com o chamado clã Bolsonaro – facção do poder e de apoiadores ligados por uma crendice pré-iluminista que chamam de ideologia.
Por Orlando Silva*
“Será necessário um grande malabarismo retórico para não considerar esse discurso como explícita manifestação de um pensamento irremediavelmente autoritário, de quem acredita que a democracia é apenas um favor dos militares aos civis”, diz editorial desta sexta (8) do Estadão numa espécie de cruzada arrependida contra Bolsonaro. Em solenidade militar na quinta (7), no Rio, o presidente afirmou que “democracia e liberdade só existem quando as Forças Armadas assim o querem”.
Em mais um episódio desastroso, Bolsonaro voltou a desperta críticas por parte de oposicionistas ao seu governo. Numa cerimônia de aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, no centro do Rio, ele disse nesta quinta (7) que vai “governar ao lado daqueles que respeitam a família e que democracia só existe se as Forças Armadas assim o quiserem”.
Por meio de nota técnica, o Ministério Público Federal (MPF) concluiu nesta quinta (7) que a Medida Provisória 807/2019, editada pelo governo de Jair Bolsonaro sobre política indigenista, “afronta o estatuto constitucional indígena e viola o direito dos povos originários à consulta prévia, previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)”.