Fotografia do começo do governo permite a constatação de que a oposição ao bolsonarismo tem sentido estratégico, histórico.
Um fato gravíssimo e sem precedentes na história do Brasil desde a redemocratização ocorreu durante os preparativos para a posse do presidente Jair Bolsonaro: agentes da segurança, não se sabe ainda se sob ordens diretas da equipe presidencial, invadiu e vasculhou mais de uma dezena de gabinetes parlamentares de deputados federais do PT, PCdoB e do PSOL
Em sua coluna no jornal Hoje em Dia (MG), Wadson Ribeiro analisa a cerimônia de posse de Jair Bolsonaro, "onde ficou evidente qual será o rumo do seu governo". Para Wadson, "ao contrário de todos os seus antecessores, que em eventos similares buscaram a paz e a união nacional, o militar deixou claro que vai apostar na divisão do país e na perseguição aos adversários políticos".
Em seu blog, o jornalista Bernardo Mello Franco ironizou o discurso de posse do novo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Segundo o jornalista, o novo chanceler misturou referências a Renato Russo, Tarcísio Meira, Raul Seixas e um seguidor anônimo no Twitter. Recitou um trecho da Bíblia em grego e uma versão de Ave Maria em tupi, num verdadeiro "samba do diplomata doido".
Em nota publicada nesta quarta-feira (2), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manifestou seu "veemente repúdio às restrições ao trabalho dos jornalistas e ao tratamento desrespeitoso dispensado aos profissionais durante a posse do presidente Jair Bolsonaro". A entidade relata vários absurdos cometidos pela segurança do evento e lembra que "nunca houve restrições ao trabalho dos jornalistas para a cobertura das posses dos presidentes eleitos pelo povo brasileiro"
Apesar de chocante e absolutamente desprezível, a decisão do presidente Jair Bolsonaro de adotar como primeira medida de seu governo a diminuição do salário mínimo não chega a surpreender. Desde o início da campanha eleitoral, ao abraçar o ultraliberalismo econômico, ele dexiou claro que seu governo seria para beneficiar os mais ricos, arrochar os trabalhadores e acabar com qualquer vestígio de justiça social.
Discursos de posse do presidente tiveram forte viés ideológico.
As forças democráticas, progressistas, populares e patrióticas certamente mais uma vez se levantarão, com todo o seu vigor.
O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, quer que a medida seja posta em prática nos primeiros cem dias de governo.
O anúncio pelo primeiro-ministro de Israel de que o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, vai mesmo transferir a embaixada brasileira no país para Jerusalém é mais uma ação de submissão ao regime dos Estados Unidos.
Por Altamiro Borges*
O ex-deputado federal baiano e dirigente nacional do PCdoB, Haroldo Lima, criticou a política externa que vem sendo construída pelo futuro governo de Jair Bolsonaro.